terça-feira, 31 de agosto de 2010

Indicador de Sentimento Económico

O indicador de sentimento económico subiu em Agosto 0,6 pontos na União Europeia e 0,7 pontos na zona euro siutuando-se agora nos 102,7 e 101,8 pontos respectivamente. Embora se possa realçar a melhoria das confinaça dos consumidores (+3 ontos), a confinaça subiu igualmente na industria (+1), serviços (+1) e comércio a retalho (+1), mantendo-se inalyterada no sector da construção.

Por países é de realçar a evolução favorável registada no Reino Unido (+1,5 pontos), Alemanha (+1,1), Espanha (+0,9) e França (+0,4). Tendo todavia registado-se uma quebra na Itália (-0,6).

No que se refere a Portugal a evolução em Agosto foi desfavorável registando-se uma queda de 2,5 pontos para 90,8, apesar da melhoria (+2 pontos) da confinaça dos consumidores em virtude da redução da confiança nos serviços (-3 pontos) e no comércio a retalho (-1 ponto).

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dos EUA nada de novo

Os dados hoje divulgados nos EUA indicam que o PIB no 2.º trimestre cresceu apenas à taxa anual de 1,6%  (a primeira estimativa apontava para uma taxa de crescimento de 2,4%). A revisão resulta fundamentalmente de um aumento das estimativas do crescimento das importações mas também de uma revisão em baixa dos stocks e representa uma forte desaceleração da recuperação da economia dos EUA que havia crescido à taxa de 3,7% no primeiro trimestre. Note-se no entanto que apesar de tudo a procura privada interna evoluiu favoravelmente com o consumo privado a aumentar à taxa de 2,0% e a FBCF a crescer ao rtimo de 19,5% sustentado num crescimento de 24,9% do iunvestimento em equipamento e software.

Entretanto indicadores mais recentes já para o mês de Julho parecem confirmar esta tendência revelam um comportamento menos favorável da indústria e para a continuação das dificuldades no sector da construção com as vendas de casas a registarem novos mínimos.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Produção industrial e construção nos EUA

Entretanto nos EUA a produção industrial terá aumentado cerca de 1% em Julho face ao mês anterior, impulsionada por um crescimento de 1% na produção de equipamento, confirmando a continuação da recuperação deste sector onde, apesar da recuperação do último anotudo, a taxa de utilização ainda está nos 74,8%.

Enquanto que os dados sobre a actividade no sector da construção apontam para uma nova queda das licenças e das casas iniciadas a construir no mês de Julho.

Desemprego no 2.º trimestre

De acordo com os dados divulgados pelo INE, a taxa de desemprego em Portugal no 2.º trimestre manteve-se nos 10,6%, tendo-se mesmo registado uma ligeira redução de 2,6 milhares de desempregados face ao registado no trimestre anterior. Este comportamento razoável ficou, no entanto, a dever-se em parte à redução da população activa (-19,6 milhares), uma vez que se registou uma ligeira quebra da população empregada (-17,1 milhares) que elevou para 236,5 milhares a perda de empregos desde o máximo registado no segundo trimestre de 2008. Por sectores de actividade é de salientar a recuperação do emprego no sector secundário (+19,1 milhares) que foi, no entanto, insuficiente para compensar as reduções registadas na agricultura (-19,1 milhares) e nos serviços (-17,2 milhares).

PS: Um aspecto preocupante é  o aumento (+ 21,1 milhares) dos desempregados de longa duração que correspondem a 5,8% da população activa, o que significa de mais de metade (cerca de 55%) dos desempregados estão sem emprego há, pelo menos, 12 meses.

sábado, 14 de agosto de 2010

Evolução do PIB na UE

De acordo com as estimativas preliminares ontem divulgadas pelo Eurostat o PIB no conjunto da UE cresceu 1,0% face ao trimestre anterior e 1,7% face ao trimestre homólogo, salientando-se a celeração do crescimento da Alemanha (+2,2% face ao trimestre anterior) e o bom comportamento da actividade económica na generalidade dos países do Centro e Norte da Europa.

Já nos países do eixo Mediterrânico a evolução não foi tão positiva, pois a Itália cresceu apenas 0,4% (mesmo valor do trimestre anterior), a Espanha 0,2% (no trimestre anterior o valor tinha sido 0,1%), em Portugal verificou-se uma desaceleração do crescimento para 0,2% (no tirmestre anterior havia crescido 1,1%) e na Grécia verificou-se mesmo uma quebra de -1,5% (superior à de 0,8% registada no trimestre anterior).

No que se refere a Portugal, de acordo com o INE a já esperada desaceleração ter-se-á ficado a dever a uma redução quer da procura interna quer da procura externa líquida. Será no entanto necessário esperar pelos resultados mais completos (que serão conhecidos em Setembro) para ter uma imagem mais completa dos factores que determinaram a evolução do produto no 2.º trimestre.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Sobre o futuro da zona euro

Quando saiu em Junho confesso que apenas li o pequeno resumo da introdução disponível on-line desta publicação da Vox. E francamente achei-a insipida e desinspirada e (como o tempo é sempre demasiado escasso) acabei por não a ler. Ontem repesquei-a entre os meus papeis e lendo-a, desta vez em papel, e sinceramente julgo que vale a pena a leitura da versão em papel desta obra colectiva pela qual trespassa como ideia essencial de que "The Eurozone “ship” is holed below the waterline. The ECB actions are keeping it afloat for now, but this is accomplished by something akin to pumping out water. What European leaders need to do very soon is to find a way to fix the hole; ECB bond purchases are merely a palliative. The risk now is that politicians become complacent – confusing treatment of the symptoms for treatment of the disease."

terça-feira, 10 de agosto de 2010

As energias renováveis

Embora escrito em termos elogiosos para o esforço que Portugal tem vindo a fazer em termos de utilização das energis renováveis, este excelente artigo do New York Times refere também de forma bastante clara os custos associados a esta "aposta":
"While Portugal’s experience shows that rapid progress is achievable, it also highlights the price of such a transition. Portuguese households have long paid about twice what Americans pay for electricity, and prices have risen 15 percent in the last five years, probably partly because of the renewable energy program, the International Energy Agency says.

Although a 2009 report by the agency called Portugal’s renewable energy transition a “remarkable success,” it added, “It is not fully clear that their costs, both financial and economic, as well as their impact on final consumer energy prices, are well understood and appreciated.”"

e recorda uma questão que constitui um limite à expansão da utilização das energias renováveis quando recorda que:
"Running a country using electricity derived from nature’s highly unpredictable forces requires new technology and the juggling skills of a plate spinner. A wind farm that produces 200 megawatts one hour may produce only 5 megawatts a few hours later; the sun shines intermittently in many places; hydropower is plentiful in the rainy winter, but may be limited in summer."
O que implica que para garantir a segurança do abastecimento é necessária a existência de uma importante capacidade de geração de electricidade excedentária, com os custos económicos associados. O que não significa que o investimento que tem vindo a ser feito (e que tem uma componente estratégica que importa valorizar) não se justifique (sinceramente não possuo os números que me permitam fazer essa avaliação), mas serve-nos para recordar que também aqui não existem almoços grátis.

ISM e emprego nos EUA

Em Julho o ISM voltou a reduzir-se ligeiramente (para 55,5) pelo quarto mês consecutivo, mantendo-se ainda assim acima do nível de 50 pontos o que indica que a indústria terá continuado a expandir-se, embora a um ritmo mais moderado, sendo de notar, contudo, que a queda significativa do índice de evolução das encomendas registada nos últimos dois meses (53,7 em Julho face a 65,7 em Maio).

Entretanto a taxa de desemprego manteve-se nos 9,5%, tendo-se registado mesmo uma descida no número de empregados. Embora esta descida se deva a factores temporários relacionados com a realização do recenseamento nos EUA a verdade é que mesmo excluindo esse efeito a criação líquida de emprego nos últimos 3 meses foi extremamente fraca e denota poucos sinais de recuperação.

Estes dados confirmam o cenário de uma recuperação económica lenta, alimentando mesmo os receios de uma temida recaída numa situação de recessão.