Segundo o INE, em outubro de 2013 as exportações registaram um crescimento de 4,2% face ao mesmo mês de 2012 (+9,9% no mês anterior), enquanto as importações aumentaram 3,7% (+3,5% no mês anterior).
Excluindo os combustíveis e lubrificantes as taxa de variação homóloga das exportações e das importações foram +1,6% (+7,1% no mês anterior) e +0,8% (+7,7% no mês anterior), respetivamente.
O abrandamento registado face ao mês anterior (em que se tinha registado uma forte aceleração relativamente a agosto), parece refletir, sobretudo, a natural volatilidade dos valores mensais,devendo salientar-se que na média dos últimos três meses as taxas de variação face ao período homologo são de 4,6% para as exportações e 1,3% para as importações.
Note-se, contudo, que a taxa de crescimento das exportações continua a ser fortemente influenciada pela evolução das saídas de combustíveis e lubrificantes (que em outubro registaram uma t.v.h. de 41,0%). Com efeito, excluindo estes bens a taxa de variação homologa das exportações foi de 1,6% em outubro (+2,2% na média dos meses de ago-out).
Economia Política
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Evolução do PIB - 3.º trimestre 2013
De acordo com os dados hoje divulgados pelo INE, no terceiro trimestre de 2013 o PIB em volume aumentou 0,2 % face ao trimestre anterior (+1,1% no trimestre anterior) registadno uma diminuição de 1,0% face ao mesmo trimestre de 2012 (-2,0% no trimestre anterior).
A progressão do PIB neste trimestre resultou do contributo positivo da procura interna a qual registou um aumento de 1,4% impulsionada pela evolução do consumo privado (+1,1%) e da Formação Brutra de Capital Fixo (+4,8%), a qual mais do que compensou o contributo negativo da procura externa que refletiu um ligeiro decréscimo das exportações (-0,2%) e pelo crescimento das importações (+2,6%).
Sendo de salientar a evolução positiva do investimento em máquinas e equipamentos (+5,5% face ao trimestre anterior e +6,1% face ao mesmo trimestre de 2012).
A progressão do PIB neste trimestre resultou do contributo positivo da procura interna a qual registou um aumento de 1,4% impulsionada pela evolução do consumo privado (+1,1%) e da Formação Brutra de Capital Fixo (+4,8%), a qual mais do que compensou o contributo negativo da procura externa que refletiu um ligeiro decréscimo das exportações (-0,2%) e pelo crescimento das importações (+2,6%).
Sendo de salientar a evolução positiva do investimento em máquinas e equipamentos (+5,5% face ao trimestre anterior e +6,1% face ao mesmo trimestre de 2012).
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Indicador de Sentimenrto Económico - novembro de 2013
O indicador de sentimento económico (ESI) manteve em novembro a sua tendência ascendente aumentando 0,8 pontos na zona euro (para 98,5) e 0,4 pontos no conjunto da União Europeia (para 102,1).
Em termos de países é de salientar a evolução positiva verifica em Itália (+1.9), Espanha (+1.4) e Alemanha (+0.8) e Reino Unido (+0,2), enquianto que em França se registou um decréscimo de 0,9 pontos.
Em termos setoriais, verificou-se uma evolução posiutiva na indústria, serviços e construção que mais do que compensou os decréscimos registados no comércio a retalho e na consumidores.
No que se refere a Portugal a subida foi de 2,3 pontos (para 94,0) tendo-se assistido a uma evolução positiva em todas as componentes.
Em termos de países é de salientar a evolução positiva verifica em Itália (+1.9), Espanha (+1.4) e Alemanha (+0.8) e Reino Unido (+0,2), enquianto que em França se registou um decréscimo de 0,9 pontos.
Em termos setoriais, verificou-se uma evolução posiutiva na indústria, serviços e construção que mais do que compensou os decréscimos registados no comércio a retalho e na consumidores.
No que se refere a Portugal a subida foi de 2,3 pontos (para 94,0) tendo-se assistido a uma evolução positiva em todas as componentes.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Ler os Outros: Francisco Assis e João Miguel Tavares
"(...) grande parte da esquerda parte da esquerda [confunde] a legítima indignação cívica com a infecunda adesão a uma espécie de pensamento mágico como forma de salvação de um modelo económico e social ameaçado pela presente crise.(...)
O que se passou na Aula Magna suscita respeito, mas desperta escassa esperança. Pode funcionar como alerta, mas não deve ser percebido como solução.(...)"
(Francisco Assis, Portugal precisa de uma alternativa séria e rigorosa, Público de 28.11.2013)
"(..) hoje em dia, mais importantes do que as cláissicas trincheiras pró-governamental e antigovernamental são as trincheiras dos programas políticos aplicáveis e dos programas políticos lunáticos - e essas trincheiras, como na guerra - cruzam-se com frequência. Ora, de que me serve saltar todo ufano para a trincheira antigovernamental se depois ao meu lado tenho um combatente por um programa lunático?(...)"
(João Miguel Tavares, Carta a Pacheco Pereira - parte II, Público de 28.11.2013)
O que se passou na Aula Magna suscita respeito, mas desperta escassa esperança. Pode funcionar como alerta, mas não deve ser percebido como solução.(...)"
(Francisco Assis, Portugal precisa de uma alternativa séria e rigorosa, Público de 28.11.2013)
"(..) hoje em dia, mais importantes do que as cláissicas trincheiras pró-governamental e antigovernamental são as trincheiras dos programas políticos aplicáveis e dos programas políticos lunáticos - e essas trincheiras, como na guerra - cruzam-se com frequência. Ora, de que me serve saltar todo ufano para a trincheira antigovernamental se depois ao meu lado tenho um combatente por um programa lunático?(...)"
(João Miguel Tavares, Carta a Pacheco Pereira - parte II, Público de 28.11.2013)
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Constituição, democracia e Estado social
Compreendo, respeito e até partilho parcialmente o sentimento de alguma deceção com o Estado em que o país se encontra e a inépcia por vezes demonstrada por este governo na procura das melhores soluções.
E acredito que - apesar da dificil situação em que o país se encontrava em maio de 2011 - era possível e desejável seguir políticas que mesmo não alterando significativamente os dados macroeconómicos no curto prazo, poderiam ter permitido uma diferente repartição dos sacrifícios e, sobretudo, criar bases mais sólidas para o aumtno da taxa de crescimento potencial.
Mas, do mesmo modo que critico algumas das opções deste governo, também não me identifico com o discurso de Pacheco Pereira, o qual constituindo uma excelente peça de retórica quanto a mim peca por excessivamente demagógico e simplista.
A defesa da constrituição, da democracia e do estado social não se alcança com apelos a uma demissão do Presidente e do Governo que conduziria o país a uma situação de caos institucional e que, por muito que os tempos pareçam hoje dificis, apenas agravaria a situação financeira, económica e social do país.
A situação do país não se compadece com discursos retóricos, nem se resolve com radicalismos, exige isso sim uma atitude responsável, ponderada e racional na busca de compromissos relativamente aos pontos essenciais.
As principais ameaçãs que hoje se colocam à democracia e ao estado social são a insustentabilidade financeira do Estado, a incapacidade de atrair investimento e criar emprego.
A melhor forma de acabar com o Estado Social, é levá-lo à falência.
E acredito que - apesar da dificil situação em que o país se encontrava em maio de 2011 - era possível e desejável seguir políticas que mesmo não alterando significativamente os dados macroeconómicos no curto prazo, poderiam ter permitido uma diferente repartição dos sacrifícios e, sobretudo, criar bases mais sólidas para o aumtno da taxa de crescimento potencial.
Mas, do mesmo modo que critico algumas das opções deste governo, também não me identifico com o discurso de Pacheco Pereira, o qual constituindo uma excelente peça de retórica quanto a mim peca por excessivamente demagógico e simplista.
A defesa da constrituição, da democracia e do estado social não se alcança com apelos a uma demissão do Presidente e do Governo que conduziria o país a uma situação de caos institucional e que, por muito que os tempos pareçam hoje dificis, apenas agravaria a situação financeira, económica e social do país.
A situação do país não se compadece com discursos retóricos, nem se resolve com radicalismos, exige isso sim uma atitude responsável, ponderada e racional na busca de compromissos relativamente aos pontos essenciais.
As principais ameaçãs que hoje se colocam à democracia e ao estado social são a insustentabilidade financeira do Estado, a incapacidade de atrair investimento e criar emprego.
A melhor forma de acabar com o Estado Social, é levá-lo à falência.
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
O mito da maioria sociológica de esquerda
Na entrevista publicada hoje no Público, Rui Tavares é claro quanto aos objetivos estartégicos da criação do "seu" novo partido: impedir que o governo saído das próximas eleições legislativas resulte de uma coligação PS/PSD.
Para alcançar este objetivo, Rui Tavares propõe-se ser um elemento dinamizador de um movimento que conduza a um acordo entre o PS e Bloco de Esquerda que, em seu entender, refletiria a aquilo a que se refere como "uma maioria sociológica de esquerda" que supostamente existirá em Portugal. Uma maioria cujo centro "geométrico" seria constituído pela ala mais à esquerda do PS e os mais moderados do Bloco e que, implicitamente, a deveriam liderar.
Esta visão de um sistema partidário bipolarizado entre esquerda e direita corresponderia a uma radicalização da vida política entre dois blocos políticos (e seguindo a tese) sociológicos opostos ou, até mesmo, antagónicos, do qual nada de bom adviria para o país.
Ora, para além da obviamente não existir essa tal maioria sociológica, pelo menos no sentido de grupos unidos por um conjunto de interesses comuns e que se identifiquem com um programa coeso, mas quanto muito uma mera maioria aritmética de votos dos partidos tradicionalmente identificados com a esquerda. Felizmente, a história eleitoral portuguesa das últimas décadas revela a importância decisiva do centro político.
Quer nas eleições presidenciais quer nas eleições legislativas, seja à direita com Cavaco (nas legsilativas e presidenciais) seja à esquerda com Soares e Sampaio (nas presidenciais) ou Guterres e Sócrates (nas legislativas) as situações de maiorias claras foram sempre obtidas pelos candidatos ou forças políticas que foram capazes de conquistar a parte mais significativa do eleitorado do centro.
Um cenário que as sondagens conhecidas não revelam que se tenha alterado significativamente. Neste contexto, embora obviamente que qualquer líder do PS deseja garantir a maior parte possível dos votos da dita "esquerda", mas a verdade é que os ganhos eleitorais de uma excessiva cedência a um programa de "esquerda" tenderá a ter um custo muito (demasiado) elevado de votos do eleitorado (esse sim) moderado.
Pelo que o único cenário em que uma tal opção poderia alcançar uma maioria absoluta seria no caso de a essa radicalização de esquerda corresponder uma, pelo menos, igual radicalização dos partidos à direita. A qual a esquerda moderada, com que Rui Tavares se identifica, deseja e da qual depende para a prossecução dos seus objetivos.
Para alcançar este objetivo, Rui Tavares propõe-se ser um elemento dinamizador de um movimento que conduza a um acordo entre o PS e Bloco de Esquerda que, em seu entender, refletiria a aquilo a que se refere como "uma maioria sociológica de esquerda" que supostamente existirá em Portugal. Uma maioria cujo centro "geométrico" seria constituído pela ala mais à esquerda do PS e os mais moderados do Bloco e que, implicitamente, a deveriam liderar.
Esta visão de um sistema partidário bipolarizado entre esquerda e direita corresponderia a uma radicalização da vida política entre dois blocos políticos (e seguindo a tese) sociológicos opostos ou, até mesmo, antagónicos, do qual nada de bom adviria para o país.
Ora, para além da obviamente não existir essa tal maioria sociológica, pelo menos no sentido de grupos unidos por um conjunto de interesses comuns e que se identifiquem com um programa coeso, mas quanto muito uma mera maioria aritmética de votos dos partidos tradicionalmente identificados com a esquerda. Felizmente, a história eleitoral portuguesa das últimas décadas revela a importância decisiva do centro político.
Quer nas eleições presidenciais quer nas eleições legislativas, seja à direita com Cavaco (nas legsilativas e presidenciais) seja à esquerda com Soares e Sampaio (nas presidenciais) ou Guterres e Sócrates (nas legislativas) as situações de maiorias claras foram sempre obtidas pelos candidatos ou forças políticas que foram capazes de conquistar a parte mais significativa do eleitorado do centro.
Um cenário que as sondagens conhecidas não revelam que se tenha alterado significativamente. Neste contexto, embora obviamente que qualquer líder do PS deseja garantir a maior parte possível dos votos da dita "esquerda", mas a verdade é que os ganhos eleitorais de uma excessiva cedência a um programa de "esquerda" tenderá a ter um custo muito (demasiado) elevado de votos do eleitorado (esse sim) moderado.
Pelo que o único cenário em que uma tal opção poderia alcançar uma maioria absoluta seria no caso de a essa radicalização de esquerda corresponder uma, pelo menos, igual radicalização dos partidos à direita. A qual a esquerda moderada, com que Rui Tavares se identifica, deseja e da qual depende para a prossecução dos seus objetivos.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Um mau exemplo
O elevado nível de adesão à manifestação dos agentes de forças de segurança que ontem terminou a sua marcha à frente da Assembleia da República constituiu um sinal de descontentamento face à sua situação sócio-profissional ao qual não apenas o Governo como todas as forças políticas devem estar atentos de forma responsável.
Contudo, a forma como os manifestantes romperam as brarreiras de seguraçã que - tal como habitualmente sucede vedavam o acesso à escadaria do Parlamento - constitui um mau exemplo.
Se a todos os cidaãos é exigido o devido respeito pelas instituições que legitimamente exercem funções de soberania - e pelos titulares que integram e as representam - essa exigência tem que ser necessariamente ainda mais forte no caso de membros de forças de segurança. Sobre as quais, pela natureza das funções de autoridade que ocupam, recai um especial dever de respeito pela manutenção da ordem e obediência Às medidas de segurança.
Contudo, a forma como os manifestantes romperam as brarreiras de seguraçã que - tal como habitualmente sucede vedavam o acesso à escadaria do Parlamento - constitui um mau exemplo.
Se a todos os cidaãos é exigido o devido respeito pelas instituições que legitimamente exercem funções de soberania - e pelos titulares que integram e as representam - essa exigência tem que ser necessariamente ainda mais forte no caso de membros de forças de segurança. Sobre as quais, pela natureza das funções de autoridade que ocupam, recai um especial dever de respeito pela manutenção da ordem e obediência Às medidas de segurança.
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