sábado, 28 de fevereiro de 2009

Sobre a situação na Europa de Leste

Deixo aqui um link sobre a crise na Europa, onde podemos encontrar a seguinte referência a Portugal: "Berlin is not going to rescue Ireland, Spain, Greece and Portugal as the collapse of their credit bubbles leads to rising defaults". O tom é catastrofista mas, infelizmente, há razões para estar bastante preocupado.
Quem (ainda) tiver dúvidas veja este link em que o primeiro ministro da Hungria pede um pacote de 180 mil milhões de euros para ajuda aos países da Europa de Leste e esta notícia sobre a Roménia em que um consultor do banco central refere que a Roménia necessita de 10 mil milhões de euros de financiamento externo e considera insuficiente o pacote de 24,5 mil milhões do Banco Mundial e do BERD. Entretanto, para citar mais dois países de Leste em dificuldades a economia da Letónia pode contrair 12% este ano e a da Ucrânia mais de 6%.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

PIB dos EUA

Os números hoje divulgados reviram em baixo a estimativa de evolução do PIB dos EUA no 4.º trimestre apontando agora para uma queda do PIB real de 6,2% (taxa anualizada) que corresponde ao valor mais baixo desde o 1.º trimestre de 1982. Note-se, no entanto, que a queda do PIB nominal queda (5,8%) foi superior à então registada (1,2%) sendo necessário recuar até ao primeiro trimestre de 1958 para encontrar uma queda com magnitude superior e a queda do consumo privado nominal (9,1%) foi a mais elevada desde 1947. De notar ainda que a evolução dos stocks teve um efeito positivo sobre a evolução do PIB (o que não é nada bom) e o ritmo de evolução do comércio externo com as exportações e importações a cairem vertiginosamente com reflexos na redução do défice externo dos EUA (o que significa que o necessário ajustamento dos desequilíbrios externos está a ocorrer mas, infelizmente, da forma mais penosa).

Os "negócios" da Caixa

A compra de 9,58% da Cimpor pela CGD levou esta instituição a fazer um comunicado no qual refere que tinha três opções: Opção 1 - nada fazer, o que implicaria o registo de uma imparidade de montante significativo com reflexos negativos directos nos resultados da CGD; Opção 2 - declarar o vencimento antecipado dos contratos e executar as garantias registando perdas elevadas com reflexos nos resultados da CGD; Opção 3 - encontrar uma solução "equilibrada" através de i) redução substancial da dívida no valor equivalente ao obtido através da venda à CGD de 9,58% do capital da Cimpor ao preço de 4,75 euros por acção, ii) opção de compra durante três anos ao "vendedor"; iii) revisão em alta da taxa de juro aplicável ao remanescente da dívida. Justifica ainda que o preço pago se adequa por se tratar de uma participação significativa e portanto com prémio de controlo implicito que segundo a CGD oscilará entre 25% e 35% do preço médio dos últimos 6 meses e que o preço corresponde aproximadamente ao valor médio da cotação nos últimos 6 meses (que será 3,78 euros) acrescido de 25% e além disso que os price-targets (excluindo os extremos apontam para um preço médio de 5,55 euros por acção).

Compreende-se o dilema da CGD (como dizia Keynes se alguém tiver dificuldades em pagar mil euros ao banco tem um problema mas se tiver dificuldades em pagar milhões de euros é o banco que tem um problema), mas chamo a atenção que (principalmente nos tempos em que atravessamos) não será muito prudente excluir os extremos menos positivos numa avaliação de acções. Sendo que, segundo o Jornal de Negócios, em Outubro a UBS desceu o price target de 4,00 euros para 3,30 euros, invocando «as perspectivas menos animadoras para o sector em Espanha, e também com a avaliação "mark to market" do BCP», factores que não creio terem melhorado significativamente. Além disso, parece-me que a concessão da opção é desproporcionada pois significa que se as acções da Cimpor descerem perde a CGD, se as acções da Cimpor subirem ganho a Investfino.
Por outro lado, parece resultar que a CGD vai manter as acções que agora adquiriu com um contabilizadas por um preço acima do mercado o que na prática corresponde a existência de uma perda potencial não registada. As "vantagens" da operação parecem ser sobretudo de natureza contabilística: evita-se o reconhecimento contabilístico de uma imparidade mas permanece o problema base (a queda do valor das acções da Cimpor), influenciando positivamente (no curto prazo) o montante dos dividendos pagos ao Estado (que contam para o défice) e provavelmente eventuais prémios pagos aos administradores com base nos "resultados".
Recorde-se ainda que esta questão é, pelo menos em parte, uma consequência do envolvimento da CGD na disputa pelo poder no BCP (que teve o desfecho conhecido) e para a muito provável existência de outras situações similares.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Défice dos EUA

A proposta de Orçamento hoje apresentada aponta para um défice de 1 753 mil milhões de USD em 2009 correspondente a 12,3% do PIB e de 1 171 mil milhões de USD (8,0% do PIB) em 2010.

Dados dos EUA

Nos EUA as entregas de bens duradouros caíram em Janeiro 3,7% face ao mês anterior elevando-se a descida em termos homólogos para 15,2%, enquanto que as encomendas cairam 5,2% face ao mês anterior e 26,4% face ao mês homólogo. Enquanto os stocks desceram apenas 0,8% face a Dezembro e estão mais de 5% acima dos que se registavam em Janeiro de 2008 o que aponta para a continuação do fenómeno de acumulação de stocks que certamente terá um efeito depressivo sobre a evolução da actividade económica.
O mesmo fenómeno continua a manifestar-se no sector da construção onde as vendas de casas novas estão a cair 48,2% em termos homólogos (atingindo o valor mais baixo desde, pelo menos 1963) enquanto que os stocks de casas para venda caiu "apenas" 29,3% tendo como resultado que o rácio de casas para venda sobre as casas vendidas se situe nos 13,3 meses que corresponde igualmente ao valor mais alto desde, pelo menos, 1963 (a média histórica situa-se em cerca de 6 meses).

Indicador de sentimento económico

O indicador de sentimento económico voltou a cair em Fevereiro quer para a União Europeia (-2,2 pontos) para 61,0 pontos quer na zona euro (-1,8 pontos), situando-se nos 65,4 pontos. Estas quedas foram consideravelmente inferiores às registadas nos meses anteriores apontando para alguma estabilização da conjuntura. Deve, no entanto, salientar-se que o indicador da indústria continuou a cair com alguma intensidade (-4 pontos na UE e -3 pontos na zona euro) e que o único país em que não se registou uma nova queda foi a Suécia, onde o indice se manteve nos 80,7 pontos e que além disso o indice degradou-se significativamente num elevado número de países, nomeadamente do Leste Europeu (Roménia: -10,4; Polónia: -8,2; Hungria: -6,6; Eslováquia: -6,2; Rep. Checa e Letónia: -4,9 e Estónia: -4,8), na Grécia (-8,2) e na Holanda (-6,7). Em Portugal o indice caiu 4,6 pontos situando-se agora nos 61,2 pontos, tendo-se registado uma deterioração assinalável na confiança dos consumidores (-7 pontos), na construção (-13 pontos) e nos serviços (-4 pontos).

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Discurso de Obama

Num dia em que o presidente da Reserva Federal indicou que em 2009 o PIB dos EUA deverá cair entre 0,5% e 1,25% e a taxa de desemprego atingir 8,5% a 8,75% e se discutem cenários de nacionalização de parte substancial do sistema financeiro dos EUA, o Presidente Obama fez um discurso extraordinário, em que naturalmente as respostas à crise ocuparam uma parte importante mas em que apresenta uma visão estratégia de longo prazo notável centrada em três eixos: energias renováveis, saúde e educação. Mas em que para mim sobressaiu a preocupação com a estabilidade das contas do Estado: "With the deficit we inherited, the cost of the crisis we face, and the long-term challenges we must meet, it has never been more important to ensure that as our economy recovers, we do what it takes to bring this deficit down." apresentando as bases de um programa de cortes na despesa "Yesterday, I held a fiscal summit where I pledged to cut the deficit in half by the end of my first term in office. My administration has also begun to go line by line through the federal budget in order to eliminate wasteful and ineffective programs. As you can imagine, this is a process that will take some time. But we’re starting with the biggest lines. We have already identified two trillion dollars in savings over the next decade. In this budget, we will end education programs that don’t work and end direct payments to large agribusinesses that don’t need them. We’ll eliminate the no-bid contracts that have wasted billions in Iraq, and reform our defense budget so that we’re not paying for Cold War-era weapons systems we don’t use. We will root out the waste, fraud, and abuse in our Medicare program that doesn’t make our seniors any healthier" e reafirmando as propostas eleitorais de aumento dos impostos "we will restore a sense of fairness and balance to our tax code by finally ending the tax breaks for corporations that ship our jobs overseas. In order to save our children from a future of debt, we will also end the tax breaks for the wealthiest 2% of Americans".

Case-Shiller

Os valores ontem divulgados do indice case-shiller indicam que nos EUA os preços das casas em Dezembro terão caído 2,5% face ao mês anterior e 18,5% face a Dezembro de 2007. Desde o pico os preços terão descido cerca de 37% em termos nominais e mais de 43% em termos reais (deflaccionado pelo indice de preços no consumidor), situando-se ainda assim, em termos reais, cerca de 20% acima dos níveis de 2000.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Banco Privado Português

Por muito que alguns clientes não tivessem tido a preocupação de se informarem dos riscos envolvidos nas aplicações que subscreveram (aliás no site do BPP ainda se encontra a referência a "estratégias de Retorno Absoluto que substancialmente incluem instrumentos de rendimento fixo e portanto oferecem um grau elevado de segurança") mas de que deveriam ter no mínimo suspeitado em virtude das condições generosas oferecidas não cabe ao Estado (ou seja ao conjunto dos contribuintes) assumir as perdas incorridas em resultado dessas decisões de investimento. É pois de aplaudir o esclarecimento do Ministro das Finanças de que "O Governo entende que não cabe ao Estado substituir-se ao BPP ou aos seus accionistas na assumpção de responsabilidades decorrentes dessas relações contratuais, nem é adequada a utilização de fundos públicos para solucionar um problema associado à gestão de fortunas pessoais".

Receitas fiscais em queda acentuada

Os dados divulgados pela Direcção-Geral do Orçamento relativos a Janeiro apontam para uma queda acentuada das receitas fiscais superior a 10%, registando-se uma redução das receitas do IVA face ao mês homólogo de 8,0% o que corresponde a -77 milhões de euros. Recorde-se que no OE rectificativo se previa uma queda de 0,7% da receita fiscal e de 0,4% para o IVA.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Bail-out dos governos na zona euro

Um sinal da dimensão da crise que não deve passar despercebido são as crescentes referências a uma eventual crise de pagamentos num país da zona euro. Há argumentos contra (baseados em problemas de risco moral) e a favor (baseados nos rsicos de contágio) o apoio financeiro ao(s) Estado(s) que possam vir a enfrentar essa situação mas que parecem no entanto esquecer um elemento fulcral que consiste em saber se existiriam condições políticas para uma acção desse tipo.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Sobre a nacionalização dos bancos

É com alguma estupefacção que vejo uma parte significativa da esquerda congratular-se com a cada vez mais provavelmente inevitabilidade de nacionalização de parte substancial do sector bancário. Talvez se deva recordar que, em primeiro lugar, estamos a falar da nacionalização de instituições em situação financeira dificil e que visa a recuperação dos rácios de solvabilidade e que será quase certamente temporária (como referiu Mankiw há poucos dias, mais do que uma nacionalização estamos a falar de um processo de recuperação de empresas através da intervenção do Estado). Finalmente, temo muito sinceramente que as razões porque defendem essa nacionalização seja a esperança numa "socialização" do crédito, o que basicamente corresponde a defender uma "politização" das decisões de crédito com base em critérios definidos pelo Estado, o que pensava já ter sido demonstrado ser uma receita quase certa para o desperdício de capital com os reflexos muito negativos no crescimento económico potencial. E o que mais estranho é ver essas posições defendidas por quem defende a importância das questões institucionais. Será possível que não vejam os riscos (e desvantagens) da captura das decisões de crédito pelo poder político ?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Arnold Kling

Recomendo as "Lectures on Macroeconomics" de Arnold Kling. Não concordo com tudo, nomeadamente acho que "sobreestima" bastante as elasticidades da procura-preço (e já agora também da oferta-preço) do factor trabalho, mas constituem uma leitura bastante estimulante.

Evolução do crédito em Portugal

Os dados divulgados no Boletim Estatístico do Banco de Portugal apontam para uma desaceleração bastante acentuada da evolução dos saldos de crédito aos particulares sobretudo do crédito à habitação cuja taxa de crescimento anualizada (corrigida de titularizações) no último trimestre terá sido inferior a 2% quando no último trimestre de 2007 era de cerca de 8%.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Dados da indútria e construção nos EUA

Hoje foi um dia rico em estatíticas nos EUA, do qual ressaltam os relativos à construção de casas que apontam para uma queda de 16,8% face ao mês anterior homóloga de 56,2% (!!!) e à produção industrial que indicam uma queda de 1,8% face ao mês anterior uma redução homologa de 10%, com a utilização da capacidade produtiva a situar-se nos 72% (68% para a indústria transformadora), valores historicamente muito baixos.
Entretanto, o Presidente Obama anunciou a promessa de 275 mil milhões de USD para reduzir as prestações. Note-se no entanto que parece que parte deste montante diz respeito a utilização de verbas da TARP.

Desemprego em Portugal

Os números do desemprego no 4.º trimestre apontam para uma subida da taxa de desemprego de "apenas" 0,1 pp face ao trimestre anterior. Esta evolução ficou todavia a dever-se à evolução da população activa (-0,3%) tendo a poupulação empregada reduzido-se em 0,4% face ao trimestre anterior. A descida da população activa deveu-se excluisivamente ao sexo feminino (-0,6%), tendo o número de mulheres desempregadas caido 2,3% enquanto que o número de homens desempregados aumentou 5%.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Europa de Leste

Entretanto multiplicam-se os sinais de preocupação com a situação dos países da Europa de Leste, que parecem estar a enfrentar uma situação similar às crises típicas da América Latina nos anos 70 e 80, ameaçando afectar (ainda mais) a estabilidade do sistema bancário europeu.

Resultados do G7

O comunicado saído da cimeira do G7 é pródigo em auto justificações (a mensagem parece ser "estamos a fazer o possível") e curto em acções adicionais. O único ponto verdadeiramente relevante parece ser o "convite" à valorização do renminbi ("we welcome China's fiscal measures and continued commitment to move to a more flexible exchange rate, which should lead to continued appreciation of the Renminbi in effective terms and help to promote more balanced growth in China and in the world economy").
O aspecto positivo é o de que parece finalmente estar a criar-se uma consciencializção de que as questões que afectam a economia mundial são profundas e de que infelizmente não há curas rápidas.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Dados do PIB e da produção industrial na Europa

Dados similares divulgados pelo Eurostat relativamente à evolução do PIB na zona euro e na UE 27 apontam para uma redução do PIB no 4.º trimestre de 1,5% face ao trimestre anterior e de 1,2% face oa trimestre homólogo.
Entretanto, no dia anterior tinham sido conhecidos os dados relativos à produção industrial que indicam uma queda homóloga de 12,0% na zona euro e de 11,5% na UE27.

Estimativa rápida do PIB no 4.º trimestre

A estimativa rápida do INE para o PIB português no 4.º trimestre surpreendeu pela negativa, apontando para uma queda do PIB de 2,0% face ao trimestre precedente e de 2,0% face ao trimestre homólogo. Em termos de média anual o crescimento em 208 ter-se-á situado nos 0%.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Financial Stability Plan

O secretário do Tesouro dos EUA anunciou hoje o novo plano para a estabilização do sistema financeiro com os seguintes elementos principais:
i) Todos os bancos com activos consolidados superiores a 100 mil milhões de USD serão submetidos a um “stress test” para avaliar se possuem um nível de capital adequado. As instituições que necessitarem de reforçar os seus capitais poderão recorrer ao “Financial Stability Trust” com fundos do Tesouro;
ii) Criação do “Public-Private Investment Fund” com um capital inicial de 500 mil milhões de USD podendo vir a atingir 1 milhão de milhões de USD para adquirir activos aos bancos;
iii) “Consumer & Business Lending Initiative”: iniciativa conjunta com a Reserva Federal destinada a mobilizar 1 milhão de milhões de USD para adquirir créditos (ao conumo e às pequenas empresas) securitizados (com rating AAA);
iv) “Housing Support and Foreclosure Prevention”: redução da taxa de juro dos empréstimos hipotecários através da aquisição de até 600 mil milhões de USD de empréstimos e obrigações hipotecárias e empréstimos, disponibilização de 50 mil milhões de USD para evitar foreclosures.

Os montantes envolvidos são impressionantes e parecem estar em linha com a actualização das necessidades feita pelo FMI em finais de Janeiro. Falta, no entanto, definir muitos detalhes, principalmente o modo como o Fundo de Investimento Público-Privado irá (poderá) funcionar.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O aumento dos spreads na Europa

Paul de Grauwe defende no Vox que o BCE deverá comprar dívida pública da Irlanda, Grécia, Portugal e Espanha. Especialmente interessante é o gráfico 3 em que mostra a evolução dos custos unitários do trabalho relativos que revela a perda de competitividade destas economias deste 1998. Conjugada com a depreciação das moedas de Leste e da libra britânica (particularmente penalizadora para a Irlanda, mas também muito importante para Portugal e Espanha) esta situação pode comprometer seriamente a desejada recuperação económica.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O caso Irlandês

De acordo com as projecções macroeconómicas divulgadas pela Comissão Europeia o PIB da Irlanda deverá cair 5,0% em 2009 (depois de uma queda de 2,0% em 2008), com o desemprego a aumentar para 9,7% em 2009 e 10,3% em 2010 e o défice público a atingir 11,0% do PIB em 2009 e 13,0% em 2010. Quanto à dívida pública de acordo com o Economist deverá subir de 27,3% do PIB em 2005 para 68,2% em 2010. Neste cenário, o governo irlandês prepara-se para aumentar os impostos e reduzir a despesa pública, prevendo, entre outras medidas, uma redução (média) dos salários públicos de 7,5% através do aumento dos descontos para as pensões.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Desemprego nos EUA atinge 7,56%

A taxa de desemprego nos EUA aumentou 0,36 pp em Janeiro situando-se agora nos 7,56%. O número de empregos assalariados desceu em Janeiro 598 mil elevando a quebra acumulada desde de Dezembro de 2007 para 3,57 milhões de postos de trabalho.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Plano Fiscal dos EUA custa 884 mil milhões USD

De acordo com o CBO o plano fiscal em análise no Senado dos EUA teria um custo de 884,5 mil milhões de USD no período 2009-2019, com o grosso dos efeitos concentrados em 3 anos (2009: 233,2 mil milhões; 2010: 460,9 mil milhões e 2011: 142 mil milhões).

Uma estratégia para a recapitalização dos bancos

Jeffrey Sachs apresentou a melhor ideia que vi até agora para resolver o problema dos "activos tóxicos". Claro que, tomando o exemplo apresentado, se os activos tóxicos valerem menos de 10 então teríamos um custo para o Estado/contribuintes correspondente à diferença até esse valor e naturalmente que seria preciso apurar os detalhes, mas parece-me que poderia funcionar.

Banco de Inglaterra desce taxa de juro para 1%

O Banco de Inglaterra decidiu hoje descer a sua taxa de referência de 1,5% para 1% (o valor maisbaixo de sempre), traçando um cenário catastrofista da evolução da economia mundial: "The global economy is in the throes of a severe and synchronised downturn. Output in the advanced economies fell sharply in the fourth quarter of 2008, and growth in the emerging market economies appears to have slowed markedly. Business and household sentiment in many countries has deteriorated. The weakness of the global banking and financial system means that the supply of credit remains constrained."

Entretanto, tal como se esperava, o BCE decidiu manter a sua taxa de referência nos 2%.

PS: Parece no entanto que é provável que o BCE venha a descer as taxas em Março para 1,5%.

Vendas de automóveis em minimos históricos

As vendas de automóveis nos EUA continuam a cair de forma impressionante. Em Janeiro cairam 37% e ter-se-ão situado no nível mais baixo desde 1982 quando a população dos EUA era apenas 2/3 da actual. As vendas dos construtores americanos foram ainda mais pronunciadas com as vendas da Chrysler a cair 55%, as da GM 49% e as da Ford 40%. Os construtores japoneses obtiveram resultados ligeiramente melhores com as vendas da Toyota a cairem 34%, as da Nissan 30% e as da Honda "apenas" 28%. Enquanto que as vendas da Hyundai subiram 14%.

Em Portugal as vendas cairam 43% face ao mês homólogo mas há que ter em conta que no mês anterior tinham aumentado quase 38% pelo que grande parte da descida será o reflexo de um efeito de antecipação da compra, sendo de salientar que a venda de automóveis ligeiros de passageiros e todo o terreno nos últimos 12 meses se situa mais de 30% abaixo do valor mais elevado atingido em 1999.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

ISM sobe

Nos EUA o principal inquérito à actividade na indústria subiu de 32,6 para 35,6 o que indica que embora este sector continue a contrair-se o ritmo de contração é agora um pouco menor.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009