Os dados relativos às encomendas de bens duradouros nos EUA foram relativamente desanimadores. Não só pela quebra nas encomendas no mês de Março de 0,8% (a taxa de variação homóloga é -27,1%) mas prinicpalmente pela revisão dos dados relativos ao mês anterior pois de acordo com os novos dados a subida no mês anterior terá sido de 2,1% (e não 3,4%). Note-se ainda que de acordo com os dados divulgados a queda das entregas no 1º trimestre terá sido de -30,8% (em termos anualizados), ou seja superior à verificada no trimestre anterior (-28,2%), sendo a evolução particularmente negativa no que se refere aos bens de investimento cujas entregas cairam neste trimestre 34,9% (contra 15,5% no trimestre anterior) com a agravante das encomendas terem caído ainda mais (-41,7% contra 36,5% no trimestre anterior).
Por sua vez, os dados relativos à venda de casas novas revelam uma queda face ao trimestre anterior de 34,8%, surgindo como factor ligeiramente positivo o facto do stock de casas à venda ter caído a um ritmo ligeiramente superior (-37,4%). Note-se no entanto que o stock de casas para venda corresponde a 10,5 meses de vendas o que é em termos históricos um valor muito elevado (a média histórica anda pelos 6 meses).
Em suma, a evolução do investimento no primeiro trimestre terá continuado a ser extremamente negativa, havendo apenas alguns sinais relativamente ténues de uma estabilização quando olhamos para a evolução dos últimos dois meses face a Janeiro (que tinha sido um mês verdadeiramente terrível).
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