Acabei recentemente de ler "The Logic of Life" de Tim Harford (autor de "Undercover Economist") que é um excelente exemplo das potencialidades da aplicação da ideia de que as pessoas tendem a agir racionalmente, ou dito de outra forma a responder aos incentivos, em temas como o vício, o crime, o ordenamento urbano, a participação urbana, o racismo, o casamento ou a vida no escritório ajudando a compreender esses aspectos da vida (e eventualmente a encontrar soluções).
A prinicpal tese do livro é que "rational behaviour is much more widespread than you would expect" e que "the ecoinomists' faith in rationality produces real insight", fazendo contudo no capítulo 1 (uma parte essencial do livro) uma análise bastante interessante do que isto implica na qual se desmitifica a aplicação deste princípio. Mostrando nomeadamente, que contrariamente ao que por vezes se supõe, que a validade destas análises não depende da aceitação da hipótese do Homo economicus "capable of performing impossibly complex financial calculations instantaneously and infallibly (...) the kind of guy who would strangle his own grandmother for a quid - assuming it didn't take more than a quid's worth of time of course". E embora este seja um exemplo de humor que muito provavelmente só um economista aprecia, o livro está muito bem escrito e pejado de outras passagens certamente mais consensualmente divertidas constituindo uma leitura fácil, agradável e estimulante.
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