Os indicadores hoje divulgados pelo INE indicam uma melhoria significativa da confiança dos consumidores que subiu 6,8 pontos (para -44,1 pontos) atingindo o valor mais elevado desde setembro de 2010, uma melhoria que resulta fundamentalmente da melhor apreciação que os consumidores fazem da situação económica do país e das perspetivas de evolução do desemprego nos próximos 12 meses.
Verificando-se, também, uma evolução francamente positiva do sentimento dos empresários com o indicador de confiança na indústria transformadora a progredir 2,4 pontos (para -13,3 pontos - valor que corresponde ao melhor resultado desde julho de 2011), a confiança no comércio a retalho a subir 1,7 pontos (para -11,8 pontos - valor que corresponde ao melhor resultado desde março de 2011), a confiança na construção a aumentar 8,9 pontos (para -53,2 pontos - que é o valor mais elevado desde abril de 2011) e a confiança nos serviços a aumentar 3,8 pontos (para -18,9 pontos que é o valor mais elevado desde junho de 2011).
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Evolução do PIB - 2.º trimestre de 2013
De acordo com a estimativa rápida divulgada pelo INE:
"O Produto Interno Bruto (PIB) registou, em termos homólogos, uma diminuição de 2,0% em volume no 2º trimestre de 2013, face à variação de -4,1% observada no 1º trimestre, de acordo com a estimativa rápida das Contas Nacionais Trimestrais. Comparativamente com o trimestre anterior, o PIB aumentou 1,1% em volume.
A diminuição menos intensa do PIB em termos homólogos no 2º trimestre traduziu sobretudo a redução menos acentuada do Investimento, com destaque para a FBCF em Construção, e a aceleração expressiva das Exportações de Bens e Serviços, em parte associada ao efeito de calendário relativo ao período da Páscoa (celebrada, em 2012, em abril e, em 2013, em março)."
Efectivamente, a informação disponível para os meses de março e abril revela a existência de um efeito significativo que prejudicou o crescimento no primeiro trimestre e beneficiou a evolução da economia no segundo trimestre. Note-se contudo que considerando a média do primeiro semestre de 2013 - como forma de atenuar aquele efeito - teremos, ainda assim, um crescimento do PIB de cerca de 0,2% face ao nível observado no 4.º trimestre de 2012.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Dados do comércio internacional - junho 2013
De acordo com os dados do comércio internacional do mês de junho de 2013 hoje divulgados pelo INE, a taxa de variação homologa mensal (tvhm) das importações foi de +0,9% (-3,1% no mês anterior) enquanto que para as exportações foi de -1,2% (+5,1% no mês anterior). Excluindo o comércio internacional de combustíveis e lubrificantes a tvhm é de -1,4% (-0,3% no mês anterior) para as importações e de -2,4% (+3,4% no mês anterior).
Esta significativa desaceleração das exportações está associada ao comportamento das saídas para os outros Estados membros da UE relativamente às quais se regista uma tvhm de -4,5% (+3,8% no mês anterior) continuando as exportações para outros países a registar um comportamento bastante favorável (tvhm de +8,0% em junho face a +8,2% no mês anterior).
No conjunto do 2.º trimestre a tvh das importações e exportações é de +2,1% e +3,6%, valores muito influenciados pelos resultados relativos ao mês de abril.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Evolução da taxa de desemprego – 2.º trimestre 2013
Os números ontem divulgados pelo
INE indicam que no segundo trimestre a taxa de desemprego se situou nos 16,4%,
o que corresponde a uma descida de 1,3 pontos percentuais (p.p.) face ao
trimestre anterior e um aumento de 1,4 p.p. face ao 2.º trimestre de 2012.
Embora o 2.º trimestre seja
habitualmente favorável – desde 1998 a taxa de desemprego apenas não desceu no
2.º trimestre em três anos (2002, 2009 e 2012) – a verdade é que para além do
facto de ter interrompido uma série de 8 trimestres de aumentos sucessivos da
taxa de desemprego este resultado surpreende pela sua dimensão na medida em que
a descida média da taxa de desemprego desde 1998 era de apenas 0,3 p.p.
È de assinalar que esta evolução
se encontra associada à criação de 72,4 mil empregos. E, muito embora o emprego
suba tradicionalmente no 2.º trimestre a verdade – desde 1998 as exceções foram
2009 e 2010 – a verdade é que o número de empregos criados corresponde a cerca
do triplo dos criados no mesmo trimestre de 2012 em 2011.
Os empregados por conta própria
aumentaram 27,4 mil enquanto que os empregados por conta de outrem registaram
um aumento de 40,6 mil sendo que 37,1 mil correspondem a contratados com termo
e 9,4 mil a contratados sem termo.
Em termos setoriais, como destacado em várias análises, aproximadamente dois terços dos empregos criado (46,2 mil) provieram da agricultura, o que representa um valor aparentemente anómalo e tanto mais surpreendente quanto nos últimos trimestres se tinha verificado uma descida que também não parecia fácil de explicar (66,9 mil em termos acumulados), o que recomenda particular prudência na análise destes dados. É, no entanto, de salientar que a criação de 33 mil postos de trabalho no setor dos serviços constitui um indicador de que a fase de maior quebra do emprego pode estar a ser ultrapassada.
Subscrever:
Mensagens (Atom)