O indicador de sentimento económico divulgado pela Comissão Europeia registou em Maio o segundo aumento consecutivo (+ 2,8 pontos na UE e +2,1 pontos na zona euro) reforçando os sinais de estabilização da actividade económica. A subida foi genealizada, pois o indicador subiu em quase todas as grandes economias com excepção da Espanha onde desceu marginalmente (-0,9) e ficou a dever-se sobretudo à melhoria no comércio a retalho (que subiu 5 pontos quer na UE quer na zona euro) e aos serviços (+ 4 pontos na UE e + 1 ponto na zona euro). Deve, no entanto, notar-se a ligeira descida da confiança dos consumidores na Alemanha e França (-1 ponto em ambos os casos) e sobretudo alguns os sinais de fraqueza na construção em vários países, nomeadamente, no Reino Unido (-5), França (-4), Alemanha, Itália e Países Baixos (-1).
Em Portugal este indicador subiu 10,2 pontos fruto de evolução positiva na indústria e comércio (+ 8), no consumidor (+7) e nos serviços (+5) que mais que compensaram a queda de 3 pontos na construção.
domingo, 31 de maio de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
Indice Case-Shiller
O indice Case-Shiller hoje divulgado revela que os precos das casas nos EUA terão caído em Marco 2,2% face ao mes anterior e 18,7% face ao mesmo mês de 2008.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Yields da Dívida Pública nos EUA
Os yields das obrigações do Tesouro dos EUA tem estado a subir há algum tempo. Até hoje essa subida podia ser interpretada de forma benigna como um sinal de confiança na recuperação da economia mas a subida de 15 pb nas obrigações a 10 anos hoje registada apesar do aumento das preocupações com a recessão parece ter subjacente alguma preocupação com a solidez das finanas públicas dos EUA facto que parece ser confirmado pela evolução do dólar que se tem vindo a depreciar. Estes receios, que, diga-se, considero serem em grande medida infundados, parecem ter sido acentuados pela grave situação financeira na Califórnia, pela revisão das expectativas de evolução do rating soberano no Reino Unido.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Relatório de estabilidade financeira
De acordo com o "Relatório de Estabilidade Financeira - 2008" do Banco de Portugal "Desde o final de 2007, os níveis de incumprimento do sector privado não financeiro regsitaram acréscimos substanciais, ultrapassando os verificados durante a recessão de 2003, mas mantendo-se ainda assim em valores contidos". Ressaltam, ainda, as referências aos níveis de endividamente, particularmente das sociedades não financeiras, e a expectativa de um aumento significativo do incumprimento no crédito, que no entanto se considera que "não deverá pôr em causa a estabilidade financeira".
terça-feira, 19 de maio de 2009
Construção residencial nos EUA
Num sinal da profundidade da crise o número de construções residenciais iniciadas em Abril nos EUA situou-se 54% abaixo do verificado no mês homólgo, batendo o mínimo desde, pelo menos, Janeiro de 1959.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Produção industrial nos EUA
A Reserva Federal divulgou na sexta-feira que a produção industrial nos EUA caiu 0,5% em Abril depois de ter caído 1,7% em Março, situando-se a descida em termos homólogos em 12,5%. À semelhança do que já havia acontecido com os números do desemprego publicados na semana anterior pelo BLS que indicaram uma desaceleração do ritmo de crescimento da taxa de desemprego (embora tenha crescido 0,4 pp para 8,9% e se tenham perdido quase 600 mil postos de trabalho) alguns analistas manifestaram-se optimistas no sentido de que estes números indiquem que a economia já tenha "tocado o seu ponto mais baixo". Esperemos que estas perspectivas se confirmem mas importa recordar que para se poder falar em recuperação não basta que o ritmo de queda se atenue: é preciso que a actividade e o emprego aumentem. Mais importante, esse aumento deverá ser sustentado. Ora, se é razoável antecipar que o efeito de ajustamento dos stocks venha a possibilitar uma evolução positiva no 3.º trimestre é ainda muito duvidoso que a evolução da procura final venha a sustentar essa recuperação.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Taxa de desemprego sobe para 8,9%
De acordo com os dados divulgados pelo INE no primeiro trimestre o número de desempregados era 495,8 mil e a taxa de desemprego atingiu 8,9%.
PIB na zona euro caiu 2,5%
De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat o PIB da zona euro e da UE 27 caiu 2,5% no primeiro trimestre de 2009 face ao trimestre anterior. Em termos homólogos a quebra é de 4,6% para a zona euro e 4,4% para a UE 27, ressaltando as descidas na Alemanha (-6,9%), na Itália (-5,9%) e nos países bálticos (Estónia -15,6%, Letónia -18,6% e Lituânia -10,9%). Em Portugal as estimativas apontam para uma descida de 1,5% face ao trimestre anterior e de 3,7% face ao primeiro trimestre de 2008.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
BPP e BPN
No caso do BPP e do BPN creio que se atingiu um grau de descredibilização tal que não haverá ninguém de bom senso que confie o seu dinheiro a estes bancos. Além disso, o dano feito é tal que torna mirifica qualquer hipótese de sobrevivência das marcas. Neste contexto o fecho do BPP e a integração do BPN na CGD surgem cada vez mais como inevitáveis e qualquer plano de viabilização pouco mais poderá fazer do que prolongar uma situação de agonia que se torna cada vez mais penosa.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Resultados da avaliação do sector bancário nos EUA
Como esperado foram divulgados os resultados da avaliação dos 19 principais grupos bancários dos EUA. Numa primeira análise os resultados parecem corresponder aos que vinham surgido nos media apontando para que no conjunto seja necessário um reforço dos capitais de cerca de 74,6 mil milhões de USD (BofA: 33,9 mil milhões, Citi: 5,5 mil milhões, FiftTh: 1,1 mil milhões, GMAC: 11,5 mil milhões, KeyCorp: 1,8 mil milhões, Morgan Stanley: 1,8 mil milhões, PNC: 0,6 mil milhões, Regions: 2,5 mil milhões, SunTrust: 2,2 mil milhões e Wells: 13,7 mil milhões).
Note-se que as perdas estimadas ascendem a 599,2 mil milhões.
Note-se que as perdas estimadas ascendem a 599,2 mil milhões.
Banco Central Europeu reduz taxas
O BCE anunciou a redução da taxa das operações principais de refinanciamento em 0,25 pp fixando-a em 1%, mantendo a taxa da facilidade permanente de depósito em 0,25%. Após esta descida a margem do BCE para voltar a descer as taxas de juro é praticamente nula sob risco da diferença para a taxa de facilidade de depósito ficar demasiado reduzida o que tenderia a paralizar o mercado monetário interbancário. Estamos perante uma situação em que se esgotou o espaço para medidas de política monetária convencional o que justifica o anúncio de que o BCE tomou a decisão de princípio de intervir directamente através da aquisição de obrigações em operações cujos detalhes deverão ser decididos na reunião de 4 de Junho.
No seu comunicado de realçar um certo endurecimento da linguagem utilizada relativamente às finanças públicas, a propósito das quais se afirma que: "it is paramount that countries make a strong and credible commitment to a path of consolidation in order to return to sound fiscal positions, respecting fully the provisions of the Stability and Growth Pact".
No seu comunicado de realçar um certo endurecimento da linguagem utilizada relativamente às finanças públicas, a propósito das quais se afirma que: "it is paramount that countries make a strong and credible commitment to a path of consolidation in order to return to sound fiscal positions, respecting fully the provisions of the Stability and Growth Pact".
FMI apoia Roménia e Polónia
Avaliação das necessidades de capital dos bancos nos EUA
No dia em que o Tesouro dos EUA anunciou alguns detalhes da avaliação às necessidades de capital dos 19 maiores grupos bancários dos EUA, cujos resultados vão ser oficialmente divulgados amanhã, surgiram notícias de que apontam para que o Bank of America necessite de um reforço de capital 35 mil milhões de USD, o Citi de pelo menos 5 mil milhões de USD e o Wells Fargo de 15 mil milhões, enquanto que o American Express, o JP Morgan, o Morgan Stanley e o Goldman Sachs teriam capital suficiente. Embora os valores em causa sejam astronómicos são inferiores aos que se temiam especialmente depois do último relatório sobre estabilidade financeira do FMI.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
O problema económico nacional
O debate económico na nossa internet arrisca tornar-se num diálogo de surdos entre os que (ver aqui e aqui) consideram que vivemos uma crise de procura e que portanto é necessário mais despesa pública e os que consideram que enfrentamos um grave problema de contas externas (ver aqui) que reflecte uma crise de falta de competitividade e portanto consideram que são necessárias medidas dirigidas a este problema como sejam a contenção do défice, a redução dos salários reais e a promoção de políticas de estimulo da oferta, designadamente de bens transaccionáveis.
E infelizmente, ambos têm razão. Portugal enfrenta actualmente uma conjugação de duas "crises" com origens distintas: - uma de origem externa e que se reflecte numa redução da procura externa dirigida à nossa economia e - uma crise de contas externas associada a uma baixa taxa de crescimento da produtividade e sérios problemas de competitividade.
Há obviamente interações entre estas duas crises que curiosamente são de sentido contrário. Com efeito, por um lado a crise económico-financeira internacional tende a agudizar o problema das contas externas, na medida em que torna mais dificil o financiamento do defice externo, o que por sua vez tende a agravar a queda da procura. Por outro lado, a forte especialização em bens não transaccionáveis significa que o impacto directo da quebra da procura externa seja menos sentido (não é por acaso que, na actual fase da crise, os países com quebras mais pronunciadas da actividade são aqueles cujas economias estavam mais orientadas para as exportações).
Mas a verdade é que se tratam de "doenças" distintas a exigir tratamentos também eles distintos, pelo que se põe a questão de quais as políticas mais adequadas. Obviamente, que a resposta depende eventualmente de pressupostos político-ideológicos mas também da avaliação que se faz da situação. Do ponto de vista da avaliação da situação há os que pensam que a situação das contas externas é de tal forma grave e periclitante que na realidade não há outra opção que não eleger esta como a primeira (única ?) prioridade. Enquanto que outros tendem a desvalorizar esta questão e a conceder prioridade absoluta às medidas destinadas a estimular a procura.
Julgo que ambos exageram as suas posições. Embora haja alguns sinais dos mercados financeiros (expressos nomeadamente no spread da República) a que é necessário estar atento a participação no euro põe-nos um pouco ao abrigo de uma crise de pagamentos que de outra forma seria inevitável e dá-nos alguma (não muito grande) margem de manobra temporal que podemos tentar aproveitar para que esse ajustamento seja gradual. Por outro lado, o impacto de um esforço de despesa pública de uma pequena economia aberta como Portugal é muito limitado. É certo que poderemos (deveremos) contribuir para um pacote europeu mas parece-me excesso de voluntarismo que façamos um esforço que, muito sinceramente, a Comissão e os outros Estados-membros não pedem nem esperam que façamos.
Neste contexto, julgo que a prioridade deve ser a utilização da escassa margem orçamental disponível para aliviar o impacto social da crise, evitando a tentação de prosseguir políticas quixotecas do tipo keynesiano que possam comprometer a nossa margem de manobra para o ajustamento externo que teremos que inevitavelmente fazer. É que, por muito que nos custe, o pior que poderia suceder neste momento seria uma perda de confiança na sustentabilidade das nossas contas públicas. A consequência seria uma crise financeira que iria agravar profundamente a quebra da procura com custos económicos e sociais verdadeiramente brutais.
E infelizmente, ambos têm razão. Portugal enfrenta actualmente uma conjugação de duas "crises" com origens distintas: - uma de origem externa e que se reflecte numa redução da procura externa dirigida à nossa economia e - uma crise de contas externas associada a uma baixa taxa de crescimento da produtividade e sérios problemas de competitividade.
Há obviamente interações entre estas duas crises que curiosamente são de sentido contrário. Com efeito, por um lado a crise económico-financeira internacional tende a agudizar o problema das contas externas, na medida em que torna mais dificil o financiamento do defice externo, o que por sua vez tende a agravar a queda da procura. Por outro lado, a forte especialização em bens não transaccionáveis significa que o impacto directo da quebra da procura externa seja menos sentido (não é por acaso que, na actual fase da crise, os países com quebras mais pronunciadas da actividade são aqueles cujas economias estavam mais orientadas para as exportações).
Mas a verdade é que se tratam de "doenças" distintas a exigir tratamentos também eles distintos, pelo que se põe a questão de quais as políticas mais adequadas. Obviamente, que a resposta depende eventualmente de pressupostos político-ideológicos mas também da avaliação que se faz da situação. Do ponto de vista da avaliação da situação há os que pensam que a situação das contas externas é de tal forma grave e periclitante que na realidade não há outra opção que não eleger esta como a primeira (única ?) prioridade. Enquanto que outros tendem a desvalorizar esta questão e a conceder prioridade absoluta às medidas destinadas a estimular a procura.
Julgo que ambos exageram as suas posições. Embora haja alguns sinais dos mercados financeiros (expressos nomeadamente no spread da República) a que é necessário estar atento a participação no euro põe-nos um pouco ao abrigo de uma crise de pagamentos que de outra forma seria inevitável e dá-nos alguma (não muito grande) margem de manobra temporal que podemos tentar aproveitar para que esse ajustamento seja gradual. Por outro lado, o impacto de um esforço de despesa pública de uma pequena economia aberta como Portugal é muito limitado. É certo que poderemos (deveremos) contribuir para um pacote europeu mas parece-me excesso de voluntarismo que façamos um esforço que, muito sinceramente, a Comissão e os outros Estados-membros não pedem nem esperam que façamos.
Neste contexto, julgo que a prioridade deve ser a utilização da escassa margem orçamental disponível para aliviar o impacto social da crise, evitando a tentação de prosseguir políticas quixotecas do tipo keynesiano que possam comprometer a nossa margem de manobra para o ajustamento externo que teremos que inevitavelmente fazer. É que, por muito que nos custe, o pior que poderia suceder neste momento seria uma perda de confiança na sustentabilidade das nossas contas públicas. A consequência seria uma crise financeira que iria agravar profundamente a quebra da procura com custos económicos e sociais verdadeiramente brutais.
Segunda derivada
Numa altura em que se fala de luz ao fim do túnel, de sinais de recuperação importa realçar que os últimos indicadores tem revelado é uma melhoria no comportamento da segunda derivada que representa a (des)aceleração da evolução. Significa isto que os últimos indicadores que têm vindo a ser divulgados apontam para uma continuação da queda da actividade económica só que a um ritmo francamente menos acentuado.
Claro que mais vale isso do que o contrário, mas esta evolução não garante que a recuperação esteja à vista e a verdade é que, antes pelo contrário, mesmo no curto prazo continuam a existir sérios riscos de que a deterioração da economia venha a agravar-se e grandes incertezas quanto a uma muito desejada recuperação sustentada, nomeadamente em virtude das fragilidades do sistema financeiro.
Claro que mais vale isso do que o contrário, mas esta evolução não garante que a recuperação esteja à vista e a verdade é que, antes pelo contrário, mesmo no curto prazo continuam a existir sérios riscos de que a deterioração da economia venha a agravar-se e grandes incertezas quanto a uma muito desejada recuperação sustentada, nomeadamente em virtude das fragilidades do sistema financeiro.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
PNET Economia e PNET Política
Aceitando um repto do Prof. Carlos Santos que tem feito um trabalho notável de dinamização da nossa internet económica iniciei uma colaboração regular nos projectos PNETeconomia e PNETpolitica, coordenados pelo Carlos Santos. Além dos colaboradores regulares estes espaços estão abertos a crónicas de outros utilizadores, mediante o registo e obtenção de password que deve ser autenticada com o primeiro acesso, sendo as crónicas publicadas com pequeno desfasamento temporal.
Passem por lá !
Passem por lá !
ISM volta a subir em Abril
O ISM voltou a subir em Abril situando-se nos 40,1 pontos (+3,8 pontos que no mês anterior) que corresponde ao valor mais elevado desde Setembro 2008, sendo de salientar a recuperação das novas encomendas (+ 6 pontos para os 47,2) e dos stocks dos clientes (-4,5 pontos para 49,5). Recorde-se contudo que este resultado continua a apontar para uma quebra significativa da actividade industrial, embora a um ritmo menos elevado do que o verificado nos meses anteriores.
Previsões de Primavera da Comissão
As previsões de Primavera da Comissão Europeia apontam para uma contracção do PIB de 4% na União Europeia, com o consumo privado a cair 1,5% e o investimento 10,5%. Com a economia alemã a contrair-se 5,4%, a Itália 4,4%, o Reino Unido 3,8%, a Espanha 3,2% e a França 3,0%. Enquanto nas restantes economias ressaltam as previsões para a Irlanda (-9%) e para os países bálticos (Letónia: -13,1%, Lituânia: -11,0% e Estónia: -10,3%). Quanto à taxa de desemprego, a Comissão prevê que esta atinja 9,4% em 2009 e 10,9% em 2010.
Para Portugal a Comissão prevê uma redução do PIB de 3,7% e um aumento do desemprego para 9,1% em 2009 e 9,8% em 2010. Enquanto que o défice do sector público se deverá situar nos 6,5% em 2009 e 6,7% em 2010. Para além destes números ressalta algum pessimismo relativamente à situação portuguesa nomeadamente em virtude da evolução do endividamento externo e da competitividade.
Para Portugal a Comissão prevê uma redução do PIB de 3,7% e um aumento do desemprego para 9,1% em 2009 e 9,8% em 2010. Enquanto que o défice do sector público se deverá situar nos 6,5% em 2009 e 6,7% em 2010. Para além destes números ressalta algum pessimismo relativamente à situação portuguesa nomeadamente em virtude da evolução do endividamento externo e da competitividade.
domingo, 3 de maio de 2009
Gripe humana ?
Apesar do número de casos confirmados a nível global continuar a aumentar, particularmente nos EUA e Espanha, as informações conhecidas apontam para uma estabilização no México e para que o grau de virulência não seja tão significativo como se poderia temer.
Entretanto, e a propósito da discussão em torno da denominação desta gripe, esta notícia sugeriu-me uma alternativa: porque não "gripe humana"?
PS: E parece que não foi a primeira vez na história !
Entretanto, e a propósito da discussão em torno da denominação desta gripe, esta notícia sugeriu-me uma alternativa: porque não "gripe humana"?
PS: E parece que não foi a primeira vez na história !
sexta-feira, 1 de maio de 2009
"Credit crunch" global
Numa altura em que têm surgido alguns sinais positivos nos EUA, e mais recentemente também na Europa as últimas estatísticas divulgadas pelo BIS relativas a Dezembro de 2008 revelam que "banks' external claims shrank by 5.4% in the fourth quarter of 2008 ($1.8 trillion at constant exchange rates), to $ 31 trillion. This was the largest reduction ever recorded in a single quarter. Claims denominated in US dollars and yen were down by 6% and 15%, respectively, and claims vis-à-vis non-banks declined by 8%". Ou seja, que os financiamentos bancários internacionais estavam a cair a um ritmo sem precedentes.
Entretanto os resultados do inquéritos ao sector bancário na zona euro divulgados pelo BCE apontam para um aumento da restritividade do crédito no primeiro trimestre (embora menor que a verificada no 4.º trimestre de 2008) quer às empresas quer aos particulares e revelam que, embora um pouco atenuadas, os bancos continuam a ter grandes dificuldades de acesso a fundos e que isso continuará a condicionar significativamente a concessão de crédito (cfr. pags 11 e 12).
Os resultados relativos a Portugal divulgados pelo Banco de Portugal não diferem consideravelmente dessa tendência com os bancos a indicar um aumento da restritividade do crédito (reflectida quer na aplicação de spreads mais elevados quer nas restantes condições dos empréstimos - montante, garantias e prazos) indicando como um dos factores os custos de financiamento e as restrições de balanço. Indicando dificuldades de acesso a fundos e que isso terá um efeito negativo na concessão de crédito.
Entretanto os resultados do inquéritos ao sector bancário na zona euro divulgados pelo BCE apontam para um aumento da restritividade do crédito no primeiro trimestre (embora menor que a verificada no 4.º trimestre de 2008) quer às empresas quer aos particulares e revelam que, embora um pouco atenuadas, os bancos continuam a ter grandes dificuldades de acesso a fundos e que isso continuará a condicionar significativamente a concessão de crédito (cfr. pags 11 e 12).
Os resultados relativos a Portugal divulgados pelo Banco de Portugal não diferem consideravelmente dessa tendência com os bancos a indicar um aumento da restritividade do crédito (reflectida quer na aplicação de spreads mais elevados quer nas restantes condições dos empréstimos - montante, garantias e prazos) indicando como um dos factores os custos de financiamento e as restrições de balanço. Indicando dificuldades de acesso a fundos e que isso terá um efeito negativo na concessão de crédito.
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