Numa altura em que têm surgido alguns sinais positivos nos EUA, e mais recentemente também na Europa as últimas estatísticas divulgadas pelo BIS relativas a Dezembro de 2008 revelam que "banks' external claims shrank by 5.4% in the fourth quarter of 2008 ($1.8 trillion at constant exchange rates), to $ 31 trillion. This was the largest reduction ever recorded in a single quarter. Claims denominated in US dollars and yen were down by 6% and 15%, respectively, and claims vis-à-vis non-banks declined by 8%". Ou seja, que os financiamentos bancários internacionais estavam a cair a um ritmo sem precedentes.
Entretanto os resultados do inquéritos ao sector bancário na zona euro divulgados pelo BCE apontam para um aumento da restritividade do crédito no primeiro trimestre (embora menor que a verificada no 4.º trimestre de 2008) quer às empresas quer aos particulares e revelam que, embora um pouco atenuadas, os bancos continuam a ter grandes dificuldades de acesso a fundos e que isso continuará a condicionar significativamente a concessão de crédito (cfr. pags 11 e 12).
Os resultados relativos a Portugal divulgados pelo Banco de Portugal não diferem consideravelmente dessa tendência com os bancos a indicar um aumento da restritividade do crédito (reflectida quer na aplicação de spreads mais elevados quer nas restantes condições dos empréstimos - montante, garantias e prazos) indicando como um dos factores os custos de financiamento e as restrições de balanço. Indicando dificuldades de acesso a fundos e que isso terá um efeito negativo na concessão de crédito.
Sem comentários:
Enviar um comentário