A conjugação de responsabilidades profissionais com os afazeres natalícios impediu-me de seguir em tempo real um debate económico deveras interessante que tem como principais protagonistas, por um lado, Ricardo Reis (ver aqui, aqui e aqui) e Campos e Cunha (aqui) e por outro lado João Ferreira do Amaral (aqui) logo secundado por Carlos Santos (aqui), João Printo e Castro (aqui) e João Rodrigues (aqui).
Não escondo que a minha posição é muito mais próxima da de Ricardo Reis cujos excelentes textos são até bastante moderados.
Noto sobretudo que se tratam de artigos muito distintos. Enquanto os primeiros autores se preocupam com na situação de Portugal no actual enquadramento institucional da zona euro. O artigo de João Ferreira do Amaral (com cujos primeiros quatro pontos até concordo em parte) diz respeito a algo completamente diferente: a necessidade de alterações nesse enquadramento institucional, não abordando os problemas específicos do ajustamento estrutural português. Trata-se no fundo de esperar que sejamos salvos por uma alteração das regras do jogo que nos seja favorável. Tal é especialmente evidente nos textos de Carlos Santos (por exemplo aqui). Pessoalmente, penso que é bastante provável que os nossos parceiros evitem um cenário de bancarrota... a questão é o preço que exigiriam.
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