O anúncio pela Fitch da descida do rating soberano da Grécia que recentemente indicou que o défice em 2009 atingirá os 12,7% do PIB e que cuja divida pública excederá os 110% (a Comissão Europeia prevê que possa vir a atingir 135% do PIB em 2011) veio colocar as finanças públicas daquele país sobre grande pressão com os mercados a exigir um premio de taxa de juro substancial e colocando em risco a capacidade do Governo grego conseguir obter os financiamentos de que necessita no mercado financeiro internacional.
Os efeitos de uma eventual "bancarrota" da Grécia poderiam ser desastrosos não só para a Grécia como para os restantes países da zona euro e poderia mesmo colocar em causa a sobrevivência da "moeda única" com efeitos devastadores. Por isso os diversos responsáveis da União Europeia fizeram ao longo do dia diversas afirmações procurando trranquilizar os mercados com efeitos positivos pelo menos no curto prazo.
Parece estar por isso fora de questão que os restantes países da zona euro (eventualmente conjuntamente com o FMI) deixem que os piores cenários se concretizem. Resta, no entanto, saber qual o preço que será exigido à Grécia para que possa continuar a beneficiar da solidariedade dos seus parceiros europeus.
Uma ideia dos sacrificios que serão eventualmente exigidos aos gregos vem da Irlanda onde o Governo anunciou cortes nas despesas com pessoal do Estado e nas prestações sociais e o aumento de impostos como forma de garantir a "sobrevivência" da Irlanda e manter o acesso aos financiamentos internacionais.
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