sexta-feira, 12 de julho de 2013
Barómetro Eurosondagem - julho 2013
PS: 37%
PSD: 25%
CDU: 12%
CDS:8%
BE: 8%
Segundo os dados do barómetro da Eurosondagem para a SIC e o Expresso, a recente turbulência política não alterou significativamente a distribuição das intenções de votos dos portugueses, refletindo-se, no entanto, de forma bastante negativa nos níveis de popularidade dos líderes dos partidos da coligação (-3,2 pontos em cada, facto que não impede Paulo Portas de manter o segundo lugar em termos de popularidade) e do presidente da república (-2,8 pontos), sendo no entanto curioso de verificar a redução da popularidade dos líderes dos partidos da oposição com Jerónimo de Sousa a descer 2,3 pontos, os líderes do BE a perderem -1,4 pontos e António José Seguro (que vê a sua liderança reforçada) 0,7 pontos.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Ler os Outros: O que Portas deveria ter feito - Henrique Monteiro
"Já aqui escrevi que não me impressionam divergências no seio de
governos de coligação. Acho-as naturais. Achei natural uma intervenção de Portas
a demarcar-se da ideia da TSU dos reformados, porque um Governo não tem de ser
um local onde todos estão de acordo, mas sim um organismo onde todos servem o
país o melhor que sabem.
(...) o que deveria ter feito Portas? Ser absolutamente claro, ao
contrário de ter aberto um enorme período de incerteza perniciosa e cara para o
país. Ser claro nestes pontos significa, pelo menos, dizer:
1) Se tinha ou não acordado com Passos uma mudança de
política nas Finanças2) Se foi ou não previamente informado do nome de Maria Luís?
3) Tendo sido se se opôs claramente, ameaçando sair do Governo?
4) Se o fez e cumpriu qual o destino que previa para a coligação? Pretendia que o CDS saísse com ele? Pretendia romper o acordo? Pretendia que solução governativa?
5) Se pretendia manter a acordo a sua ideia era ficar no Parlamento a passear a sua classe oratória sem se queimar num Governo que queima mais do que o carvão? Acharia ele que essa solução seria aceite (se Cavaco a rejeitou, fez muito bem e eu não sou de grandes elogios ao PR). Portas sabe bem que ninguém no seu perfeito juízo aceita uma coligação em que um dos líderes está dentro e outro fora.
6) Se não tinha a menor solução, porque não se demitiu também de líder do CDS, abrindo campo a que outro líder negociasse uma solução?
(...) Agora que o congresso foi adiado, o CDS tem três alternativas para decidir imediatamente: ou obrigar Portas a voltar para o Governo fazendo-o engolir o que disse; ou ver-se livre dele e nomear um líder para o Governo, ou acabar com a coligação. Mas o país não pode esperar mais 15 dias, nem mais uma semana.
Por mim, continuo a achar que as divergências dentro do Governo
não são estranhas. As faltas de clareza, as faltas de lealdade (e isto é válido
para Passos também, caso não tenha informado Portas), as faltas de sentido de
Estado é que são lamentáveis."
(ver aqui)
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Ler os outros: Crise Governativa: Quando o parceiro deixa passar o momento certo
"Compreendo que numa coligação existam negociações na repartição de ministérios e cargos de ministros, até admito descontentamentos a determinados nomes de uma das partes face a outra e se ao Primeiro-ministro cabe a prerrogativa de aprovar o nome final, ao parceiro cabe o direito de assumir atempadamente veto na negociação.
Agora não compreendo que um descontentamento sem ameaça de veto ou de demissão durante a negociação se torne depois do nome ser tornado público e de ser constituído o gabinete pluripartidário do novo ministro, o parceiro apresente uma carta de demissão no dia seguinte publicamente."
(ver aqui)
Agora não compreendo que um descontentamento sem ameaça de veto ou de demissão durante a negociação se torne depois do nome ser tornado público e de ser constituído o gabinete pluripartidário do novo ministro, o parceiro apresente uma carta de demissão no dia seguinte publicamente."
(ver aqui)
O Sapo e o Escorpião
Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio.
O escorpião vinha fazer um pedido:
"Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?"
O sapo respondeu: "Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralizado e vou afundar."
Disse o escorpião: "Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos."
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio.
No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou: "Porquê? Porquê?"
E o escorpião respondeu: "Por que sou um escorpião e essa é a minha natureza."
Ver aqui.
terça-feira, 2 de julho de 2013
Ler os outros: Três elogios a Vítor Gaspar - Henrique Monteiro
"(...) é raro ver um ministro demitir-se com autocríticas e na sua carta elas estão
patentes várias vezes. Afirma o ex-ministro que neste momento não pode assegurar
a credibilidade e confiança necessárias à fase de investimento que é imperativa
para combater o desemprego. Ao mesmo tempo, assume o falhanço nas metas por si
estabelecidas e ainda diz que a sua saída do Governo contribui para aumentar a
coesão do Executivo. Isto são coisas raras numa carta de demissão. Não me
recordo de outro ministro ter assumido não ter credibilidade ou não gerar
confiança. E este é o terceiro elogio."
Ver aqui.
Ver aqui.
A demissão de Vitor Gaspar
Vítor Gaspar revelou grande lucidez na análise da (sua) situação política. Independentemente de ser ainda demasiado cedo para apreciar as consequências da sua saída para um governo que surge cada vez mais fragilizado, a verdade é que os sucessivos desvios face às previsões minaram decisivamente a sua credibilidade e esse facto, conjugado com a enorme erosão da base social de apoio ao governo e as manifestas dificuldades do governo em progredir no dossier da reforma do estado tornaram inadiável a sua saída do governo ao fim de dois anos no Ministério das Finanças.
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