As notícias sobre o Fortis vêm recordar uma questão importante: a de saber como, a ser necessário, se desenrolaria uma intervenção das autoridades. Importa salientar que se trata de um grupo que de acordo com as contas consolidadas de Junho 2008 tinha activos de 974 mil milhões de euros (passivos eram quase 945 mil milhões de euros), sujeito simultaneamente à supervisão na Bélgica e nos Países Baixos. A dimensão do balanço e a necessidade de coordenação entre supervisores e governos de dois países sem política monetária própria seria certamente o maior desafio financeiro desde a criação do Euro.
Entretanto, o banco veio clarificar a sua posição financeira:
(http://www.fortis.com/app/innw/fortis_news_detail_com_en.asp?IdNmb=2409)
afirmando que terá perdido 3% dos seus depósitos face aos valores de Jan-2008 (o que corresponderia a mais de 6 mil milhões de euros, sendo curioso que utilizem Jan-2008 como comparação pois, segundo as contas do 2º Trimestre, em Jun tinham mais 5 mil milhões de euros que em Janeiro o que indica que desde 30 de Jun terão "perdido" 11 mil milhões de euros de depósitos). Acresce que os passivos face a outros bancos ascendiam em Jun a 215 mil milhões enquanto que os activos sobre outros bancos eram somente 133 mil milhões de euros o que nas condições actuais do mercado monetário não é uma posição muito confortável.
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