segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Fortis intervencionado

Foi anunciada a quase-nacionalização do Fortis (http://www.fortis.com/app/innw/fortis_news_detail_com_en.asp?IdNmb=2416):

"Fortis and the Governments of Belgium, the Netherlands and Luxembourg announce that they
have entered into an agreement, whereby the Government of Belgium has agreed to invest EUR
4.7 billion in Fortis Bank (Belgium), the Government of the Netherlands has agreed to invest
EUR 4.0 billion in Fortis Bank Nederland (Holding) N.V., and the Government of Luxembourg
will invest EUR 2.5 billion in Fortis Banque Luxembourg SA.
(...)
Maurice Lippens decided to step down from the Fortis Board of Directors. The new Chairman
will be recruited from outside the company in consultation with the Belgian government. In
addition, the governments of Belgium, the Netherlands and Luxembourg will receive significant
board representation in the respective Fortis banks.
(...)
The terms of the investment by the respective governments are as follows:
• the Government of Belgium has agreed to invest EUR 4.7 billion in Fortis Bank NV/SA
(Belgium) in exchange for a 49% share in the common equity of this entity
• The Government of the Netherlands invests EUR 4.0 billion in Fortis Bank Nederland
(Holding) N.V. in exchange for a 49% ownership in this entity
• The Government of Luxembourg invests EUR 2.5 billion in Fortis Banque Luxembourg SA
in the form of a mandatory convertible loan. Next to other rights, Luxembourg will be
entitled, upon conversion, to 49% of Fortis Banque Luxembourg
."

Dois pontos positivos a realçar são (i) a capacidade para encontrar uma solução rápida envolvendo 3 governos e, certamente o Banco Central Europeu; (ii) a solução encontrada ir directamente à raiz do problema proporcionando a recapitalização do banco (o que não é certo que venha a ocorrer nos EUA - ou pelo menos não se afigura que venha a ser feito de forma tão transparente).
Por outro lado, demonstra que a actual crise não afecta apenas os bancos americanos ou anglo-saxónicos e coloca em evidência a fragilidade destes gigantes financeiros com níveis de alavancagem extremamente elevados em que basta uma pequena desvalorização dos activos para colocar as instituições em risco de insolvência (ou pelo menos de subcapitalização).

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