quarta-feira, 8 de julho de 2009

Entrevista do Ministro das Finanças

Na passada 6.ª feira o Ministro das Finanças declarou que "Vamos precisar, depois da crise, de corrigir novamente as contas públicas". Curiosamente, esta afirmação parece ter passado quase despercebida. E de facto a afirmação não tem nada de excepcional atendendo ao facto de que é conhecido o desequilíbrio orçamental que se deverá traduzir num défice que de acordo com as previsões reafirmadas pelo Ministro das Finanças se deverá situar nos 5,9% (sendo que a Comissão Europeia e a OCDE apontam para valores mais elevados da ordem dos 6,5%) e num aumento significativo da dívida pública. Mas, não deixa de ser estranho que o tema da forma como esse desequilíbrio será corrigido esteja praticamente ausente do debate político e económico.

2 comentários:

Fábio disse...

As contas públicas chegaram a ser corrigidas? A descida da taxa do IVA de 21 para 20 por cento procurou marcar o momento em que supostamente o défice orçamental tinha ficado resolvido. Mas suponho que foi puro teatro, acobertado (como diria Alfredo de Sousa) pela crise que estalava.

João Pedro Santos disse...

Na verdade houve um processo de consolidação sério que produziu alguns progressos reais. A descida da taxa de IVA de 21 para 20 foi claramente uma opção política provavelmente feita a pensar nas eleições e na promessa que havia sido feita de que a subida do IVA (de 19 para 21) seria transitória.