Paul Krugman apresenta um gráfico sugestivo da evolução da poupança privada e do Governo no contexto da actual crise comparando-a com a ocorrida aquando da Grande Depressão e conlcui que: "the initial shock — the surge in desired private surplus — was if anything larger this time than it was in the 1930s. This says that absent the absorbing role of budget deficits, we would have had a full Great Depression experience. What we’re actually having is awful, but not that awful — and it’s all because of the rise in deficits."
De facto o ajustamento da poupança privada nos EUA foi colossal e partilho inteiramente da convicção de que na ausência do "ajustamento" orçamental os efeitos económicos teriam provavelmente sido devastadores. Tenho no entanto alguns comentários:
1. O nível de poupança privada nos EUA era insustentavelmente baixo pelo que de certo modo esse ajustamento era "inevitável".
2. Nos tempos "aureos" esse nível de poupança era "compensado" com o elevado nível de poupança externa (e.g. China, Japão e Alemanha) que se tem vindo a atenuar e que tem sido um das fontes de "transmissão" da crise.
3. Apesar da subida a poupança das famílias nos EUA ainda se encontra em níveis francamente baixos ao mesmo tempo que o défice público está num nível "gigantesco", o que significa a necessidade de continuação do ajustamento externo.
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