No fundamental as recomendações da OCDE hoje divulgadas não trazem absolutamente nada de novo.
Centrando-se na necessidade (diria eu) imperiosa de cumprir os objectivos do chamado PEC II considerando "essencial que as medidas de consolidação orçamental anunciadas sejam implementadas conforme planeado, mesmo que a evolução da conjuntura seja mais adversa do que o esperado" e mesmo que se existirem sinais de tensões no mercado serão necessárias medidas (de austeridade) anunciadas. Aplaudindo o facto de o pacote de consolidação se basear sobretudo na contenção da despesa e considerando que as medidas necessárias do lado da receita devem procurar minimizar os efeitos negativos sobre a economia, centrando-se o aumento dos impostos sobre o consumo (IVA) e sobre a propriedade (o que não correspondendo às propostas que constam desta publicação) e reduzindo-se a carga fiscal sobre o trabalho.
Ora deve dizer-se que a principal questão que Portugal agora enfrenta e que tem dominado os últimos dias não é a de saber se as metas aprovadas pelo Governo e pela oposição em Maio eram (ou não) adequadas, mas antes o grau de execução dos objectivos então anunciados.
PS: Hoje as taxas de juro da dívida pública portuguesa subiram novamente terminando o dia acima dos 6,40% para as OTs a 10 anos, mas confesso que temia pior.
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