Os dados hoje divulgados pelo INE revelam que, nos doze meses terminados no final do 2.º trimestre, as necessidades de financiamento da economia portuguesa ascenderam a 9,2% do PIB (isto apesar do comportamento anémico da FBCF que em termos de percentagem do PIB se quedou pelos 19,4%). As necessidades de financiamento da economia correspondem grosso modo às necessidades de financiamento das administrações públicas que no mesmo período ascenderam a cerca de 9,5% do PIB.
O facto das necessidades de financiamento do SPA terem ascendido, no primeiro semestre, a 8.063 milhões de euros (mais 462 milhões do que em 2009), implica que para atingir a meta dos 7,3% de défice será necessário que no segundo semestre as necessidades de financiamento não ultrapassem cerca de 4.400 milhões de euros ou seja menos cerca de 3.600 milhões de euros do que o registado no segundo semestre de 2009 e dá uma ideia da dimensão do esforço de consolidação orçamental que será necessário efectuar nesta segunda metade do ano.
1 comentário:
Eu duvido que se consigam fazer os cortes, não há vontade para tanto.
Só por imposição externa e mesmo assim provavelmente nos sítios errados.
Mas enfim, mutatis mutantis poder-se-ia adoptar esta medida:
"O parlamento islandês decidiu julgar, num tribunal especial, Geir Haarde, que liderava o executivo quando o país entrou em falência, em 2008.
A decisão de julgar Geir Haarde foi aprovada pelo parlamento e vem no seguimento de uma recomendação emitida pela comissão oficial que investigou o colapso bancário e financeiro da Islândia.
Geir Haarde é acusado de ter permitido uma expansão desenfreada do sector bancário islandês sem qualquer controlo estatal, com consequências fatais para a economia do país.
Outros três ministros do executivo da altura, para além do ex-governador do banco central, o chefe da bolsa e dezenas de líderes da banca podem vir, nas próximas semanas, a juntarem-se à lista de personalidades acusadas de participação na ruína financeira de um dos países mais ricos do mundo.
A decisão de julgar o antigo primeiro-ministro constitui um forte sinal para a classe política islandesa de que a imunidade política pouco vale quando o interesse nacional está em jogo."
in http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?
content_id=1673579
Ou se calhar, nem assim com o actual estado da justiça...
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