O INE divulgou hoje os dados do PIB para o 2.º trimestre. Começando pelas boas notícias estes dados indicam que o PIB terá aumentado 1,5% face ao trimestre homólkog e 0,3% face ao trimestre anterior, o que indica que embora a economia esteja a crescer a uma taxa baixa (cerca de 1,1% em ritmo anual no 2.º trimestre) a desaceleração terá sido ligeiramente inferior ao esperado. Com este resultado seria necessário uma quebra do PIB nos próximos dois trimestres para que a taxa de crescimento média anual seja inferior a 1,5%, o que é um valor francamente acima das previsões no final de 2009 e inicio deste ano.
Infelizmente, o perfil do crescimento não parece ser o mais desejável. Com efeito, o motor do crescimento neste trimestre foi aprocura interna que aumentou 0,9% face ao trimestre anterior impulsionada pelo consumo privado de bens duradouros (+2,5%) e sobretudo pelo consumo público que aumentou 3,9% face ao trimestre anterior e 6,2% face ao valor registado no 2.º trimestre de 2009 (que em termos nominais correspondem a aumentos de 3,7% e 6,5%) enquanto a FBCF caiu cerca de 0,7%. Tendo o contributo da procura externa líquida sico negativo, pois o crescimento das exportações (+4,3%) foi "anulado" pelo crescimento superior da importações (+5,2%) e assitiu-se a uma nova deterioração das necessidades de financianamento no exterior que aumentaram 25,6% face ao trimestre homólogo. Note-se que nos últimos quatro trimestres as necessidades de financimento face ao exterior corresponderam a cerca de 9,1% do PIB.
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