quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Indicadores de confiança - janeiro 2013

Os resultados dos inquéritos de confiança relativos ao mês de janeiro hoje diivulgados pelo INE indicam que o indice de confiança dos consumidores continuou a tendência recuperação dos mínimos históricos registados em outubro subindo ligeiramente para -57,8 pontos (+0,7 pontos).


No comércio a retalho e nos serviços a tendência observada foi igualmente positiva, verificando-se uma subida de 0,4 pontos (para -24,0 pontos) e de 0,9 pontos (para -31,0 pontos).

Inversamente, registou-se uma ligeira deterioração nos indicadores da indístria transformadora (que  reduziu-se 0,4 pontos para -14,4 pontos) e da construção (que baixou 0,7 pontos para -68,2 pontos).

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Síntese de execução orçamental - janeiro de 2013

De acordo com o boletim de execução orçamental da DGO o saldo rpovisório das administrações públicas relevante para o cumprimento do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro terá ascendido a -8.328,8 milhões de euros - 700 milhões de euros abaixo do limite estabelecido de 9.028 milhões de euros.

Para este resultado contribuiu a evolução da despesa da Administração Central e da Segurança Social a qual decresceu cerca de 2,1% para que contribuiu nomeadamente o comportamento da despesa com pessoal (-17,9%), as transferências de capital (-27,7%) e as outras transferências correntes (-27,7%), tendo a despesa primária registado uma redução de 3,6% (-5,9%, excluindo o efeito do programa de regularização das dívidas do setor da saúde).

Enquanto que, por outro lado, a receita efetiva reduziu-se em 3,2%, que reflete a evolução negativa da receita fiscal (-6,1%) e das contribuições sociais (-7,1%).



quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Um marco importante

O sucesso da operação de colocação de dívida pública com vencimento em Outubro de 2017 quer no que se refere ao nível e profundidade da procura quer do yield que se situou nos 4,891% ou seja significativamente abaixo dos 5% constitui um marco importante na estrtégia de regresso proogressivo ao mercado.

Para além do elevado nível de procura que correspondeu a cetrca de 6 vezes o montante indicativo inicial é de realçar o facto de 93% da emissão ter sido colocada junto de investidores internacionais - sobretudo dos EUA (33%) e do Reino Unido (29%), mas também na Europa (20%), o que constitui um indicador importante da recuperação da confiança dos investidores internacionais na dívida pública portuguesa.

Note-se, contudo, que apesar dos progressos muito significativos o spread face às obrigações alemãs  5 anos - cujo yield se situou hoje nos 0,596% - é ainda superior a 400 pontos base.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Leilão de BT de 16 de janeiro

Os resultados do leilão através do qual o IGCP colocou ontem 2,5 mil milhões de euros de bilhetes de tesouro foram muito positivos, sendo particularmente de assinalar o facto de terem sido colocados 1,2 mil milhões a um ano com uma taxa média de 1,609% (e uma taxa de corte de 1,65%) e mil milhões a 18 meses a uma taxa média de 1,963% (taxa de corte de 1,989%).

Estes resultados que o maior "apetite" dos investidores por dívida pública dos países periféricos recentemente evidenciado nos leilões realizados por Itália, Espanha e Irlanda abrange também a dívida pública portuguesa e abre boas perspetivas para um eventual regresso antecipado da República Portuguesa ao mercado primário de obrigações que segundo o Diário Económico estará já a ser preparado para os próximos dias.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Projeções do Banco de Portugal para 2013 e 2014 - Boletim de Inverno

No Boletim económico de inverno hoje divulgado, o Banco de Portugal projeta para 2013 uma taxa de variação do PIB  de -1,9%. O que corresponde a -0,3 pontos percentuais do que a projeção do Boletim Económico de Outono, a qual resulta da revisão da projeção da taxa de crescimento das exportações de 5,0% para 2,0%, que se traduz numa redução de 0,7 pp (de 2,8 pp  para 2,1 pp) do contributo das exporatções líquidas para o crescimento do PIB a qual reflete a revisão da previsão do crescimento da procura externa de 2,5% para 0,3% e que mais do que compensa a revisão em alta do contributo da procura interna (de -4,5 pp para -4,0 pp) associada a uma menor contração do investimento.

Para 2014, o Banco de Portugal projeta um crescimento do PIB de 1,3%, o qual assenta numa ligeira reuperação da procura interna que deverá crescer 0,8% (associada a uma recuperação do consumo púiblico e do investimento e a uma estabilização do consumo privado), ao mesmo tempo que, apesar da recuperação das exportações o contributo das exportações líqudas se deverá reduzir para 0,6 pp (em virtude da inversão do comportamento das importações que o Banco de Portugal prevê que diminuam 3,4% em 2013 e aumentem 2,5% em 2014). Note-se, no entanto, que de acordo com o Banco de Portugal esta projeção de aumento da atividade económica para 2014 é feita "num quadro em que não foram consideradas medidas de consolidação orçamental adicionais para além das que decorrem da manutenção das medidas incluídas no OE 2013", pelo que, como o Banco de Portugal alerta, esta projeção para 2014 "deve ser interpretada com particular prudência, dado que as autoridades já anunciaram a necessidade de delinear medidas adivionais para cumprir os objetivos orçamentais".

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Serviços e construção - novembro de 2012

De acordo com o INE, em novembro de 2012 o volume de negócios nos serviços terá registado uma quebra de 8,3% face ao mesmo mês de 2011 (-7,7% no mês anterior), enquanto que o emprego regista uma redução de 6,7% (-6,8% no mês anterior).

A produção na construção registou igualmente um agravamento com a taxa de variação homóloga mensal a situar-se nos -18,9% (-15,7% em outubro) enquanto que a tvh mensal do emprego se situa nos -19,0% (-18,4% no mês anterior).

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Comercio internacional - novembro 2012

Os dados do comércio internacional relativos ao mês de novembro de 2012 indicam um aumento das exportações (em sentido lato) de apenas 0,1% face ao mesmo mês de 2011 (+5,7% no mês anterior), com a evolução das exportações a ser penalizada pela evolução das saídas com destino a outros países da União Europeia (tvh de -2,4%) mas também por um forte abrandamento das exportações com destino ao resto do  mundo (tvh de 6,7%). Paralelamente assistiu-se a uma quebra de 5,9% nas importações (também em sentido lato).

Estes dados parecem confirmar a tendência para um abrandamento significativo das exportações apontando para que o respetivo contributo a evolução do PIB no 4.º trimestre possa vir a ser substancialmente inferior ao verificado nos últimos trimestres.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Indicadores de confiança - dezembro de 2012

Os resultados dos inquéritos de confiança relativos ao mês de dezembro hoje diivulgados pelo INE indicam que o indice de confiança dos consumidores continuou a tendência recuperação dos mínimos históricos registados em outubro subindo para -58,4 pontos (+1,3 pontos).

Na indústria transformadora, construção e serviços a tendência observada foi igualmente positiva, verificando-se uma subida de 4,7 pontos (para -18,2), de 3,1 pontos (para -67,5) e de 3,4 pontos (para -31,9), respetivamente.

Inversamente, registou-se uma ligeira deterioração nos indicadores do comércio que baixou 3,0 pontos para -14,4 pontos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Barómetro i / Pitagórica - dezembro 2012

PS:     34,6% (-1,6)
PSD:  29%    (+2,6)
CDS:  11,4% (+1,6)
CDU: 11,2% (+1,4)
BE:      8,4% (+0,9)
OBN:  5,4% (-4,8)

A sondagem da Pitagórica para o jornal i, indica uma recuperação das intenções de voto no PSD face aos resultados da sondagem de novembro, mantendo-se, contudo, abaixo do limiar dos 30% e a uma distância de quase 10 pontos percentuais do resultado das legislativas de 2011. Enquanto que as intenções de voto no PS recuam 1,6 pontos percentuais reduzindo-se a diferença entre os dois maiores partidos para 5,6 pontos percentuais.

Num cenário em que se verificou uma redução significativa dos outros, brancos e nulos é ainda de assinalar a subida das intenções de voto no CDS para níveis próximos do resultado obtido nas legislativas de 2011 (11,7%) e a continuação da tendência de subida da CDU e BE que, em conjunto, alcançam 19,6% das intenções de voto.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Vendas de automóveis - dezembro de 2012

Em dezembro de 2012 as vendas de automóveis ligeiros de passageiros e veículos todo o terreno registaram uma redução de 43,6% face a dezembro de 2011 (em novembro a taxa de variação homóloga foi de -25,4%). Com este resultado no quarto trimestre a tvh ter-se-á situado nos -30,3% o que representa apenas uma ligeira melhoria face aos -33,4% registados no trimestre de julho a setembro.

Em termos anuais, em 2012 venderam-se 95.290 unidades, o que corresponde a uma redução de 37,9% faace ao ano de 2011, sendo de assinalar que este foi o primeiro ano desde 1985 em que as vendas ficaram abaixo das cem mil unidades e que o volume de vendas é inferior a um terço do registado nos anos de 1999 e 2000.

Nos comerciais ligeiros o ano de 2012 foi ainda mais negativo com uma redução das vendas de 54,2% (em dezembro a tvh mensal foi de -57,0%) para apenas 16.009 unidades o que corresponde ao valor mais baixo desde 1976 e a menos de um sétimo das vendas em 2000.

Finalmente, nos pesados de mercadorias apesar de uma recuperação nos últimos meses de 2012 (em dezembro as vendas ficaram 20,7% acima das verificadas em dezembro de 2011 e no conjunto do último trimestre a tvh situar-se-á nos +20,7%), em termos anuais registou-se uma tvh de -29,1% e o número de unidade vendidas foi o mais baixo desde, pelo menos, 1970.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Vendas a tretalho e produção industrial - novembro de 2012

De acordo com o INE, em novembro de 2012, as vendas no comércio a retalho (deflacionadas e ajustadas da sazonalidade) registaram uma redução de 5,3% face ao valor registado no mês homólogo do ano anterior, o que representa uma melhoria de 1,2 pp face à taxa de variação homóloga (tvh) registada no mês anterior (-6,5%). Por tipos de produtos a tvh  na venda de bens alimentares, bebidas e tabaco ter-se-á situado nos -2,6% (-4,3% no mês anterior) enquanto que nas vendas de produtos alimentares se verificou um recuo de 8,0% (8,9% no mês anterior).

Por outro lado, a produção industrial terá registado uma tvh de -4,3% (-2,3% em outubro) verificando-se, igualmente, uma quebra de -4,3% no índice de produção da indústria transformadora (+1,4% no mês anterior).

Mensagem de ano novo do Presidente da República





Na mensagem em que, de modo salomónico, o Presidente da República justificou a promulgação da lei do Orçamento do Estado para 2013 e anunciou o pedido de fiscalização sucessiva sobre a constitucionalidade de alguns dos seus artigos (pedido que segundo hoje divulgado respeita às disposições relativas à suspensão do pagamento dos subsídios de férias e à contribuição extraordinária de solidariedade sobre as pensões), cuja decisão o país e o Governo terá agora de aguardar, julgo serem de destacar três pontos essenciais.

Em primeiro lugar, a evidente preocupação do Presidente com a situação de crise financeira, económica e social,  caracterizada por uma "espiral recessiva", a qual é no entanto indissociável dos constrangimentos resultantes dos elevados níveis de endividamente público e externo que qualifica de "insustentável".

Por outro lado, o Presidente alerta sobre a necessidade de cumprir os compromissos internacionais e os riscos de renegociação da dívida, bem como sobre as consequências potencialmente catastróficas de uma crise política.

Finalmente, se é certo que a mensagem evidencia algum distanciamento critico do Presidente relativamente às políticas deste governo, existe um claro reconhecimento da inevitabilidade da austeridade - essencial para a imprescíndível de consolidação orçamental - que não impede, contudo, o Presidente de defender a  necessidade de um  "equilíbrio mais harmonioso entre o programa de consolidação orçamental e o crescimento económico", nomeadamente através de políticas que favoreçam o investimento e as exportações, mas para o qual também será necessário convocar o apoio da União Europeia e imprescindível que o Governo e a maioria tenham a capacidade de diálogo necessária para criar e preservar um contexto de consenso político e social o mais alargado possível.