terça-feira, 31 de março de 2009

Previsões da OCDE

As previsões hoje anunciadas pela OCDE apontam para que o PIB no conjunto dos países da OCDE caia 4,3% em 2009 e 0,1% em 2010, resultado de uma redução de 2,0% no consumo privado e de -11,0% na formação bruta de capital fixo. De acordo com estas previsões a quebra será mais pronunciada no Japão (-6,6%), que deverá registar uma queda dos preços no consumidor em 2009 e 2010 superior a 1%, ou seja, um novo período de deflação, sendo sensivelmente idêntica nos EUA (-4,0%) e na zona euro (-4,1%). Enquanto o desemprego deverá subir na média da OCDE para 9,3% no final de 2009, atingindo os 10,1% no final de 2010 (10,5% nos EUA e 11,9% na zona euro).
As boas notícias são de que a economia já terá passado a sua fase mais negra em termos de taxa de crescimento económico (embora não em termos de desemprego), uma vez que segundo a OCDE o depois de quebras extremamente acentuadas no último trimestre de 2008 (taxa anualizada de -7,1%) e no trimestre que agora finda (-7,0%) deverão subir progressivamente ao longo de 2009 prevendo a OCDE que o crescimento seja positivo ao longo de 2010.
Em termos de finanças públicas as previsões apontam para que os défices orçamentais nos EUA atinjam 10,2% em 2009 e 11,9% em 2010, situando-se na zona em euro em valores mais moderados (-5,4% em 2009 e -7,0% em 2010). Talvez mais importante é de realçar que enquanto que nos EUA o défice estrutural em 2010 será de 8,4% na zona euro se situará nos 2,6% (abaixo portanto do limite dos 3%).

Indice Case-Shiller

Os preços das casas nas 20 principais metropoles dos EUA terão caído 19% no último ano elevando a queda acumulada para 29,1% (32,6% em termos reais). Apesar desta queda os preços situavam-se, em termos reais, quase 17% acima dos que se registavam em Janeiro de 2000.

Sentimento económico na Europa

Embora a um ritmo mais baixo, o indicador de sentimento económico voltou a cair quer na UE (-0,6) quer na zona euro (-0,7), resultado sobretudo da evolução negativa na indústria (cujo índice de confiança caiu, em ambos casos 2 pontos) e nos serviços (-2 na EU e -1 na zona euro). Pelo contrário verificou-se alguma recuperação no comércio a retalho (+2 na EU e +1 na zona euro) e uma estabilização na confiança dos consumidores (que se manteve na EU e caiu 1 ponto na zona euro) e na construção (com o respectivo índice a manter-se inalterado em ambos os casos).
Por países verificaram-se subidas em Portugal (+5,3), Dinamarca (+2,1), Rep. Checa (+1,9), Bélgica (+1,8), Países Baixos (+1,3), Espanha (+0,8) e descidas no Chipre (-11,4), Eslováquia (-8,9), Hungria (-6,2), Roménia (-4,8), Itália (-4,5), Lituânia (-4,4), Grécia (-4,1), Luxemburgo (-3,7), Áustria (-3,3), Bulgária (-2,7), Lituânia (-1,9), Estónia (-1,8), Eslovénia (-1,8), Suécia (-1,6), Malta (-1,5), França (-1), Polónia (-1), Alemanha (-0,9), Finlândia (-0,9) e Reino Unido (-0,4).
De salientar as quebras registadas nos países da Europa de Leste (a única excepção foi a República Checa) e ainda a continuação da degradação em todas as grandes economias, com destaque para a acentuada queda registada na Itália. Do ponto de vista positivo, ressalta a ligeira recuperação registada na Espanha.
Estes resultados reforçam as expectativas de que o BCE volte a descer a sua taxa de referência na próxima quinta-feira.

sábado, 28 de março de 2009

Não é SÓ uma questão de procura agregada

Grande parte das análises parecem assumir que a crise actual resulta "apenas" de uma redução da procura agregada derivada da escassez de crédito que por sua vez resultaria dos problemas no sector financeiro (e eventualmente, do efeito de riqueza resultante da desvalorização dos activos - bolsas e imobiliário). Nesta óptica o remédio era relativamente simples: estimule-se a procura agregada seja através da política monetária seja através da política orçamental (investimento público ou redução de impostos) e o problema resolver-se-ia. No entanto, sem descurar a importância daqueles efeitos, actual crise reflecte também desequilíbrios na estrutura económica que pela sua natureza demorarão a ser corrigidos. A actual crise vai implicar uma alteração da estrutura da despesa nos EUA - mas não só (menos imobiliário, menos bens duradouros e menos serviços financeiros) à qual a oferta (nos EUA e no resto do mundo) vai ter que se adaptar. E esta adaptação implica uma enorme destruição de capital físico, financeiro e humano. Apenas para ilustrar, por exemplo a menor procura de automóveis significa que a produção se terá que reduzir o que implica fábricas e equipamento subutilizado que não será facilmente reconvertido, trabalhadores no desemprego (desperdiçando o capital humano acumulado), redução do valor das acções e, particularmente se ocorrerem falências, redução dos valor dos créditos concedidos a esse sector. Assim, uma parte da redução do PIB corresponde a uma redução do produto potencial o que, a ser verdade, significa que a retoma será mais lenta e que, embora no curto prazo a ameaça continue a ser a da deflação, a médio prazo existem dois riscos significativos:
1) de aumento da inflação decorrentes do efeito de políticas monetárias e orçamentais (daí que seja particularmente importante que estas medidas serem reversíveis);
2) de a taxa de crescimento tender a voltar a cair à medida que se esgotem os efeitos dos estímulos monetário e orçamentais (podendo verificar-se um fenómeno do tipo "stop & go" sucessivo).
Assumindo que os estímulos funcionam, existem pois riscos não desprezíveis da recuperação ser seguida de um período consideravelmente longo de estagflação, caso seja possível restaurar o sistema financeiro, ou de estag-deflação, no caso contrário.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Défice orçamental em 2008 foi 2,6%

De acordo com os valores hoje divulgados pelo INE o défice das administrações públicas em 2008 terá ascendido a 4.340 milhões de euros que corresponde a 2,6% do PIB (valor idêntico ao registado em 2007), enquanto a dívida pública bruta aumentou de 63,5% para 66,4% do PIB.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Sinais de estabilização nos EUA

Confirmando a tendência para dados um pouco menos desanimadores as vendas de casas novas aumentaram ligeiramente em Fevereiro (+4,7%) enquanto que o stock de casas à venda caíu ligeiramente e as encomendas de bens duradouros aumentaram 3,4%. Note-se no entanto que se trata de uma recuperação muito ténue depois de quebras muito acentuadas (o nível de vendas de casas situa-se mais de 40% abaixo do registado há um ano e a queda homóloga das encomendas de bens duradouros supera os 23%) e em qualquer dos casos o nível situa-se francamente abaixo da média do último trimestre de 2008 (-12% e -8% respectivamente) e é de notar a revisão em forte baixa dos valores das entregas e encomendas de bens duradouros em Janeiro.

terça-feira, 24 de março de 2009

Os detalhes oficiais

foram hoje divulgados no site do Tesouro.... e as bolsas comemoraram o facto com uma subida de 7,08% do SP500.

segunda-feira, 23 de março de 2009

O plano Geithner

O New York Times divulgou as linhas do plano de aquisição de activos tóxicos no valor de 1 milhão de milhões de USD. Segundo este jornal, de acordo com o plano que será anunciado esta semana: o FDIC vai criar veículos especiais de investimento a quem concederá empréstimos correspondentes a 85% do montante que será necessário para adquirir os activos. Os restantes 15% provirão do Tesouro e de investidores sendo que a parte do Tesouro poderá ascender a 80% desta parcela, caso em que o investimento privado ascenderá a somente 3% do total. Isto significa que estes investidores irão colocar apenas 3% do total (3o mil milhões) e receber 20% dos ganhos (calculados sobre 1 milhão de milhões de USD) acima da taxa de juro dos empréstimos concedidos pelo FDIC.
O debate político promete ser intenso com o Krugman a assumir uma posição contra o plano, enquanto que Brad de Long apoia a iniciativa.

domingo, 22 de março de 2009

Lições económicas da crise

Da actual crise económico financeira julgo poderem-se desde já destacar quatro grandes conclusões:
1 - Depois de anos em que se priveligiaram as questões microeconómicas (ou se preferirem a economia da oferta), esta crise veio demonstrar a importância da regulação da procura agreagada e a relevância dos equilíbrios fundamentais nomeadamente ao nível da balança de pagamentos.
2 - A necessidade de reavaliação da política monetária. É um aspecto que não tem sido suficientemente focado mas esta crise resulta (em parte) de erros de política monetária, que se focou exageradamente na evolução da inflação e do emprego desprezando a evolução exagerada do crédito e a sobrevalorização dos preços dos activos que alimentou.
3 - As insuficiências de uma regulação demasiado passiva que confiava na auto-regulação das empresas pelos investidores e em que as empresas de auditoria e agências de rating assumem um papel central.
4 - A necessidade de reavaliar os esquemas de incentivos dos gestores que era suposto conduzirem a um melhor alinhamento dos seus interesses com os de longo prazo dos accionistas/empresas.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Irlanda

Não perder este artigo do Economist sobre a situação da Irlanda, do qual chamo a atenção para seguinte passagem:
«Some economists would like an agreement that cuts public and private pay in tandem. As a euro member, Ireland cannot devalue to restore competitiveness. So wages must fall. Karl Whelan at University College, Dublin is sceptical that a co-ordinated pay cut is likely or even necessary. “This is a flexible market economy: with a 10% unemployment rate, wages will fall.” Indeed, they already are. A Dublin Chamber of Commerce survey found that nine out of ten firms were reducing or freezing pay; almost a third of respondents were cutting executive salaries by 10% or more.»

Sinais da Alemanha

Surgem cada vez mais sinais da Alemanha de que este país estará disponível para ajudar os outros países da zona euro que enfrentem dificuldades, mas que esta ajuda terá um preço em termos de redução da autonomia da política orçamental e fiscal.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Evolução da situação nos EUA

Esta semana verificaram-se alguns sinais animadores relativamente à evolução da economia dos EUA. Na segunda-feira confirmou-se que o ritmo de queda na produção industrial embora ainda muito elevado (-1,4% face ao mês anterior) abrandou ligeiramente. E ontem os números para a inflação revelaram uma subida dos preços de 0,4% face ao mês anterior o que representa uma subida de 0,2 pp face ao valor registado no mês anterior. Mas a grande surpresa surgiu na terça feira em que foi anunciada uma subida das casas iniciadas a construir superior a 20% face a Janeiro, mesmo sendo um dado aparentemente algo enganador na medida em que o aumento resultou sobretudo da construção de condomínios (com 5 ou mais fogos) é de salientar que o valor das unidades com apenas 1 fogo também aumentou ligeiramente (+1%) o que parece apontar para, pelo menos, uma estabilização neste sector.
Mas a grande notícia da semana foi mesmo o anúncio pela Reserva Federal de aceleração das medidas quantitativas através de um aumento da aquisição de obrigações hipotecárias (+750 mil milhões de USD para um novo total de 1,25 milhões de milhões de USD) e, sobretudo, de que irá adquirir nos próximos 6 meses 300 mil milhões de USD de obrigações do Tesouro de longo prazo, o que foi aplaudido pelos mercados obrigacionistas (o yield das OT a 10 anos baixou para cerca de 2,5%) e de acções (o S&P continuou a subir elevando para 17,4% a sua recuperação face ao valor de fecho registado em 9 de Março), mas conduziu a uma queda acentuada do USD nomeadamente face ao euro (de cerca de 1,30 para cerca de 1,35).

domingo, 15 de março de 2009

Krugman sobre Espanha

O post de ontem de Krugman sobre Espanha é bastante elucidativo sobre os problemas de ajustamento deste país... E infelizmente a situação de Portugal é muito similar à de Espanha.

Comunicado dos Ministros das Finanças do G-20

Como se esperava o comunicado dos Ministros das Finanças do G-20 não apresenta grandes novidades. Temos os (inevitáveis) compromissos de evitar o proteccionismo e de assegurar a solidez das instituições sistemicamente importantes e de medidas (a médio prazo) de reforço da supervisão. O ponto mais relevante parece ser o reconhecimento da urgência de reforçar as linhas para auxílio aos países ditos emergentes.

sábado, 14 de março de 2009

Vendas a retalho nos EUA

Os valores das vendas a retalho nos EUA no mês de Fevereiro indicam uma queda face ao mês homólogó de 8,3%, que resulta sobretudo da evolução das vendas de gasolina (-31,9%) e de automóveis (-23,5%). Excluindo estas componentes a queda face ao mês homólogo situa-se nos
-0,3%. Os dados agora divulgados parecem confirmar a recuperação deste indicador face aos valores (francamente maus) registados em Dezembro indicando uma estabilização do consumo privado depois da forte quebra verificada no último trimestre de 2008.
Também os dados das vendas e stocks nos EUA parecem animadores apontando para uma estabilização do rácio entre stocks e vendas que tinha vindo a aumentar desde Julho 2008. Esta estabilização ficou a dever-se ao escoamento de stocks no retalho continuando contudo a verificar-se um aumento deste indicador na distribuição por grosso e na indústria (embora a um ritmo inferior ao que vinha sendo registado). Note-se, no entanto, que estes rácios ainda se situam a um nível elevado.
Os dados do comércio externo nos EUA revelam uma queda, face ao mês homólogo, de 16,4% das exportações e de 22,8% nas importações com o défice comercial a descer para 36 mil milhões USD.

quinta-feira, 12 de março de 2009

PIB e inflacção em Portugal

Os números divulgados ontem pelo INE apontam para uma queda do PIB no 4.º trimestre de 1,8%, salientando-se a forte queda do investimento e das exportações (-8,7% e -8,9% face ao trimestre homólogo e -7,1% e -9,0% face ao trimestre anterior). O consumo privado embora subindo em termos homólogos (+1,1%) caiu face ao trimestre anterior (-0,6%). Destaque-se ainda a redução do VAB na indústria (-5,9% face ao trimestre homólogo) que revela a intensidade das dificuldades sentidas neste sector.
O INE divulgou igualmente ontem que em Fevereiro a taxa de inflação homóloga manteve-se nos 0,2% .

sexta-feira, 6 de março de 2009

Situação do emprego nos EUA

De acordo com os dados hoje divulgados a taxa de desemprego nos EUA subiu 0,5 pp situando-se agora nos 8,1%, ascendendo o número de desempregados a 12,4 milhões (a que se somam 5,6 milhões de "desencorajados"). Nos últimos 4 meses o número de empregados (nonfarm payrolls) caiu mais de 597 mil por mês, cifrando-se a redução de postos de trabalho desde Dezembro de 2007 em mais de 4,3 milhões.
Entretanto, ontem os dados ontem divulgados relativos à industria transformadora em Janeiro revelam uma queda das entregas superior a 15% face ao período homólogo. Mais grave a queda das encomendas (19,2%) foi ainda superior e os stocks estão em níveis idênticos aos existentes há um ano. Apesar da estabilização no ritmo de queda das novas encomendas e queda dos stocks, tudo parece apontar para que a "depressão" na indústria vá continuar nos próximos meses.

quinta-feira, 5 de março de 2009

BCE desceu as taxas de juro 50 pontos base

O BCE decidiu hoje descer a taxa das operações principais de refinanciamento em 50 pontos base. Após esta descida, a quinta desde Outubro, esta taxa situa-se nos 1,5%. Das declarações do Presidente Trichet parece-me ser de salientar os valores da projecção do BCE para o crescimento na zona euro (-3,2% a -2,2% em 2009 e -0,7% a 0,7% em 2010) e da inflação (0,1% a 0,7% em 2009 e 0,6% a 1,4% em 2010). Note-se que os valores projectados para a inflação para 2010 implicam um desvio significativo face ao objectivo do BCE para a inflação (abaixo mas próximo de 2%) o que dado o nível de taxas de juro após esta decisão (note-se que a taxa da facilidade permanente de depósito está nos 0,5%) significa que a margem de manobra da política monetária convencional se está a esgotar (embora não esteja excluida uma descida para 1,0%). Neste contexto, assume particular importância as referências de Trichet de que o BCE está a estudar a eventualidade de recorrer a medidas não ortodoxas de expansão da base moentária (quantitative easing).

Banco de Inglaterra desce taxa de juro

O Banco de Inglaterra acabou de anunciar uma descida da taxa de juro oficial de 0,5 pp fixando-a em 0,5%, bem como um programa de compra activos no montante de 75 mil milhões de libras.

Evolução do PIB na zona euro

Os dados hoje divulgados pelo Eurostat apontam para uma contração do PIB da zona euro e da UE27 no quarto trimestre de 2008 de 1,5%. Nos grandes países a queda foi de 2,1% na Alemanha, 1,8% na Itália, 1,5% no Reino Unido, 1,2% na França e 1% na Espanha. No plano positivo destaca-se a Eslováquia com um crescimento de 2,2%. Enquanto que do ponto de vista negativo ressaltam a Letónia e a Estónia cujo PIB no 4 trimestre de 2009 ficou, respectivamente, 10,5% e 9,4% abaixo do registado no período homólogo.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Vendas de automóveis em Portugal

De acordo com os dados provisórios as vendas de automóveis ligeiros de passageiros (incluindo veículos todo o terreno) em Fevereiro ficaram 42,6% abaixo das regsitadas em Fevereiro de 2008, sendo a quebra nos primeiros dois meses do ano face ao período homólogo de 2008 de 42,9%.

Dormidas em hóteis caem em Espanha

A Reuters noticia hoje uma queda superior a 10% das estadias nos hóteis espanhóis atribuída sobretudo à evolução do mercado britânico, o que não augura nada de bom para o nosso próprio sector turistico.

Vendas de automóveis nos EUA

As vendas de automóveis nos EUA continuam a descer acentuadamente. De acordo com a Bloomberg as vendas da GM estão a cair cerca de 53%, as da Ford 48%, as da Chrysler 44%, as da Toyota 40%, as da Honda 38%, as da Nissan 37% e as da Toyota 40%. Ou seja a depressão de vendas no mercado dos EUA está a afectar pesadamente as construtoras japonesas (a Toyota vai registar os primeiros prejuízos em 59 anos) que estão a solicitar auxílio ao governo japonês. Melhor parecem estar os construtores sul-coreanos com as vendas da Hyundai a cair apenas 1,5% e as da Kia a subirem 0,4%.

terça-feira, 3 de março de 2009

ISM sobe ligeiramente

O indice ISM relativo à indústria transmformadora nos EUA subiu ligeiramente em Fevereiro para 35,6 (+0,2 pontos que em Janeiro) o que indica que o ritmo de contração da indústria se mantém praticamente inalterado (recorde-se que valores abaixo de 50 estão associados a uma quebra da actividade).
Entretanto, os dados divulgados pelo BEA apontam para uma subida da taxa de poupança das famílias nos EUA para 5%, que permanece ainda assim abaixo da média desde 1959 (cerca de 7%) sendo de notar que em episódios recessivos anteriores a taxa de poupança atingiu valores entre os 9% e os 12%.

domingo, 1 de março de 2009

Cimeira da União Europeia

A Cimeira informal da União Europeia rejeitou (pelo menos para já) um plano conjunto de auxílio às economias dos países da Europa de Leste deixando, no entanto, pendente uma quase-promessa de auxílio caso a caso. Vamos ver como reagem os mercados, mas do modo como os acontecimentos parecem ter entrado (novamente) numa fase de aceleração não estranharia que esta quase-promessa venha a ser "testada" muito em breve.