De acordo com os valores apontados por diversos órgãos de comunicação social, na ausência de medidas adicionais o défice de 2012 situar-se-á entre os 5% e 5,5% do PIB.
A concretizar-se este valor teremos uma redução do défice orçamental que, excluindo o efeito da transferência dos ativos dos fundos de pensões e outras medidas temporárias que segundo o Banco de Portugal tiveram um efeito combinado de cerca de 3,1% do PIB, corresponderá a um valor entre 2,3% a 2,8% do PIB, o que representa um ajustamento orçamental muito significativo num contexto de forte contração da atividade económica.
Este desvio torna, contudo, ainda mais exigente o cumprimento do objetivo para o défice orçamental de 3% do PIB em 2013.
Com efeito, para atingir essa meta será necessária uma redução adicional do défice orçamental entre 2% e 2,5% do PIB (3,4 a 4,2 mil milhões de euros) num contexto económico adverso.
Adicione-se o efeito do corte dos subsídios de férias e de natal que de acordo com o Relatório do OE para 2012 corresponde a cerca de 1,4 mil milhões de euros que a decisão do Tribunal Constitucional veio obrigar a reequacionar e chega-se a um valor entre os 4,8 mil milhões e os 5,6 mil milhões de euros que não serão certamente fáceis de encontrar.
Sem comentários:
Enviar um comentário