Muito já foi dito sobre o recente paper de paper Thomas Herndon, Michael Ash e Robert Pollin no qual estes autores revelam que os resultados anteriormente obtidos por Reinhart and Rogoff que os mesmos resultam de erros de cálculo, da exclusão seletiva de dados e das opções para a ponderação das estatísticas e que quando adequadamente estimada a taxa média de crescimento do PIB para os países com um rácio de dívida pública superior a 90% será de 2,2% e não -0,1%, pelo que contrariamente aos resultados apresentados por Reinhart e Rogoff não existe uma diferença substancial entre a taxa de crescimento destes países e aqueles que apresentam níveis de dívida pública inferiores.
Uma história contada com detalhe aqui e que como assinala Krugman (ver aqui) constitui (mais) um golpe no edificio inteletual em que assentam as políticas de austeridade defendidas pelo FMI e que têm vindo a ser testadas nos países europeus sob programas de assistência financeira e que nos relembra a necessidade de termos cuidado com as conclusões de investigações não só quando elas parecem boas demais para serem verdadeiras (como sucedeu com o paper de Alesina e Ardagna em que se apontava para que as políticas de austeridades - nomeadamente de redução da despesa pública - poderiam não ter efeitos recessivos) mas também (ou mesmo sobretudo) quando os resultados são aparentemente intuitivos.
Por tudo isto vale julgo que vale a pena ler este post de
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