Obrigações profiussionais obrigaram-me a estar fora do país nas últimas duas semanas. Se por um lado estive menos atento às notícias (particularmente nacionais), por outro tive algum tempo para reflectir um pouco sobre a evolução da economia.
Parafraseando Mark Twain penso que as notícias da morte do euro tem sido MUITO exageradas, mas estou (ainda) mais pessimista em relação à evolução da economia mundial no futuro próximo. Não tanto pela depreciação do euro (que até pode ser positiva), nem sequer pela queda das bolsas (uma correcção até pode ser saudável), mas porque além da evidente crise de confiança nas dívidas públicas de alguns países e a inevitabilidade da "consolidação" orçamental nas principais economias mundias (EUA, Reino Unido, Zona euro e Japão) existem alguns sinais preocupantes vindos da Ásia (onde parecem existir sinais claros de que a evolução do sector imobiliário na China é insustentável e a inflação na India continua a preocupar) e, sobretudo, por causa dos sinais muito claros de que a alavancagem (leia-se niveis de endividamento) é ainda demasiado elevada e que o processo de desalavancagem terá de continuar por mais algum (bastante?) tempo.
1 comentário:
A economia é feita de desequilíbrios... No caso europeu o que assusta é o carácter "replicante" dos desequilíbrios, com todos a implementarem ao mesmo tempo as soluções de austeridade. Até a economia bazar vai ser sujeita a curas de rigor.
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