terça-feira, 9 de agosto de 2011

A declaração da Reserva Federal

Da declaração de hoje da Reserva Federal ressaltam três pontos. Primeiro, o reconhecimento de que o crescimento económico na primeira metade do corrente ano foi significativamente menor do que o antecipado - esse facto que apenas em parte pode ser atribuído a factores temporários - e que a inflação se mantém moderada. Em segundo lugar, que a Reserva Federal reviu em baixa as suas expectativas para o crescimento económico nos próximos trimestres e para a inflação. Em terceiro lugar que para promover o crescimento económico e garantir que a inflação se situe em níveis consistentes com a estabilidade de preços - i.e., para evitar o risco de deflação - a Reserva Federal antecipa que as condições exigem que as taxas de juro se mantenham em níveis excepcionalmente baixos até, pelo menos, meados de 2013 e que  não só vai manter a sua carteira de títulos (reinvestindo os valores reembolsados) como está pronto para reajustar essa carteira (i.e., adquiri mais títulos nomeadamente do Tesouro dos EUA).

Ou seja, a Reserva Federal anunciou não só que manterá as suas taxas de juro em níveis próximos de zero nos próximos dois anos como que está disponível para expandir a massa monetária através da aquisição de títulos (política monetária quantitativa). O que conduziu a uma reacção imediata dos mercados com ganhos de mais de 4,7% no S&P 500 e uma forte quebra dos yields das obrigações do Tesouro dos EUA a 10 anos.

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