A Moody's (ver aqui via Alphaville) desceu o rating do Japão de Aa2 para Aa3, justificando essa sua acção com os elevados níveis de défice orçamental (cerca de 7% do PIB), o rápido crescimento da dívida pública desde 2009 (que já atinge 233% do PIB na definição do FMI) e a instabilidade governativa que dificulta a implementação de estratégias económicas e orçamentais sustentáveis no longo prazo, considerando, ainda,que o terramoto e subsequente tsunami de Março passado atrasaram a recuperação dos efeitos da crise internacional e agravaram as condições para a deflação, contribuindo para um cenário de fraco crescimento que torna mais dificil alcançar os objectivos de redução do défice orçamental e implementar medidas de reforma do sistema fiscal e contributivo.
Reconhecendo, no entanto, que os elevados níveis de poupança interna e a forte posição como país credor (a posição líquida externa do Japão ultrapassa os 50% do PIB e o Japão tem uma balança corrente estruturalmente excedentária) devem permitir que o Governo japonês se continue a financiar a taxas muito reduzidas.
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