sábado, 13 de agosto de 2011

Evolução da economia portuguesa no 2.º trimestre de 2011

Os indicadores do INE relativos ao trimestre de Abril a Junho de 2011 apontam para um agravamento das condições da actividade nos sectores da contrução e serviços com quedas do volume de negócios face ao período homólogo de 9,3% e 6,3%, respectivamente, valores mais negativos que os registados no primeiro trimestre (6,9% e 3,4%). Enquanto que o  volume de negócios total no comércio a retalho caiu 5,1% (4,9% no trimestre anterior), com a queda nas vendas de bens não alimentares excepto combustível a atingir os 12,2% (11,8% no trimestre anterior). Enquanto que na indústria se verificou uma queda de 2,1% (aumento de 0,7% no trimestre anterior).

Como facto positivos destaque-se a evolução favorável do comércio externo, onde se registou uma redução do défice comercial comparativamente ao registado no trimestre homólogo de 2010 de cerca de 1,3 mil milhões de euros. Resultado de aumento das saídas de 17,4% (impulsionado por um aumento das exportações de automóveis de passageiros superior a 50%) face a um aumento das entradas de apenas 1,7%. De notar que a fraca dinâmica das importações parece associada à contração do consumo e do investimento, tendo-se registado uma quebra de 19,2% nas importações de automóveis de passageiros, de 16% nas importações de bens de consumo duradouros e de 5,6% nas importações de máquinas e outros bens de equipamento, valores que compensaram o agravamento em 369 milhões de euros do défice na rubrica combustíveis e lubrificantes.

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