No cenário macroeconómico do Orçamento do Estado para 2014, o Governo antecipa uma taxa de crescimento do PIB de 0,8%. Esta projeção baseia-se na evolução da procura externa (contributo de 1,1 pontos percentuais) sustentada num crescimento de 5,0% das exportações de bens e serviços que compara com as perspetivas de crescimento de 3,5% da procura externa relevante pressupondo, por isso, uma continuação dos ganhos de quota de mercado obtidos ós últimos anos embora a um ritmo claramente inferior.
Enquanto que o contributo da procura interna continua a ser negativo (-0,3 p.p.) em virtude da queda do consumo público (-2,8%) que anula os crescimentos marginais previstos para o consumo privado (+0,1%) e investimento (+1,2%), os quais de acordo com o documento se assentam na expetativa de uma melhoria das condições de financiamento - que corresponderá a uma redução do ritmo de desalavancagem do setor bancário e das empresas não financeiras - e na inversão da tendência para o aumento da taxa de poupança dos particulares.
No que respeita à evolução do mercado de trabalho, o governo prevê um novo decréscimo do emprego (-0,4%) e um aumento da taxa de desemprego de 0,3 pp (para 17,7%).
Nas contas externas, o cenário apresentado pelo governo indica a continuação da evolução positiva do saldo externo corrente que se prevê que seja positivo pelo segundo ano consecutivo e atinja 1,9% do PIB (0,5% do PIB em 2013), aumentando a capacidade de financiamento face ao exterior para 3,5% do PIB (2,3% do PIB em 2013).
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