As notícias de que um dos conglomerados do Dubai detidos pelo Governo solicitaram um "congelamento" da dívida até, pelo menos, 30 de Maio de 2010 está agitar os mercados internacionais.
Embora fossem conhecidas as dificuldades do emirado cujas dívidas excedem os 80 mil milhões de dólares famoso pelos seus babilónicos projectos imobiliários e que era apontado como um dos exemplos dos excessos alimentados pela bolha dos mercados de crédito, havia a expectativa de que os seus parceiros dos Emirados Árabes Unidos (ricos em petróleo) evitassem um "default".
Apesar do natural nervosismo dos mercados julgo que os efeitos de contágio directo serão limitados. É no entanto natural (e até desejável) que os investidores internacionais reavaliem outras situações de risco nomeadamente em que existe uma grande dependência dos mercados financeiros internacionais assente numa garantia implicita de outros parceiros o que pode vir a afectar o custo de (re)fionanciamento da dívida de alguns países da zona Euro, prinicpalmente da Grécia e Irlanda mas também, em segunda linha, da Itália, Espanha e Portugal.
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