Os dados provisórios do INE para a evolução do PIB no terceiro trimestre apontam para um crescimento de 0,4% face ao trimestre anterior e de 1,5% face ao período homologo, o que constitui um resultado positivo não só pelo valor em si (o crescimento face ao trimestre anterior está em linha com o registado na União Europeia onde no entanto a taxa de crescimento homóloga se situa nos 2,1%), mas sobretudo pelo facto de se basear num crescimento das exportações correspondendo assim a uma redução do défice externo. O aspecto menos positivo, apesar de esperado, destes dados parece ser a continuação do comportamento negativo do investimento. Refira-se ainda que este valor implica que caso o PIB se mantivesse neste nível o crescimento médio do PIB em 2010 face a 2009 seria de 1,6%.
Esta evolução do PIB que está agora "apenas" cerca de 1,9% abaixo do valor registado no terceiro trimestre de 2008 não foi, no entanto, suficiente para impedir um novo aumento da taxa de desemprego para cerca de 10,9%. Sendo de assinalar que a estimativa do número de desempregados ultrapassou pela primeira vez os 600 mil, registando-se um aumento de 175,7 mil desempregados e uma redução de 232,2 mil empregos face aos valores do terceiro trimestre de 2008. O que significa que a redução do emprego (cerca de 4,5%) foi significativamente superior à redução do PIB e que se registou um aumento do produto médio por trabalhador.
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