Como era de temer os yields da dívida pública portuguesa continuam a subir aproximando-se perigosamente do limiar dos 7% imprudentemente "fixado" pelo Ministro das Finanças e colocando-nos sob o foco dos mercados. Aparentemente apenas uma intervenção substancial do Banco Central Europeu ou um bom resultado no leilão de amanhã (leia-se a colocação da dívida a 10 anos a taxas significativamente abaixo do 7%) poderão conter esta tendência no curto prazo.
De qualquer modo, as perspectivas a médio prazo não são mesmo nada animadoras. De acordo com os dados do IGCP o valor das OT's e BT's que atingem a maturidade até ao final de 2011 ascendem respectivamente a 9,49 mil milhões de euros e 20,063 mil milhões de euros. Acresça-se os 11,573 mil milhões de euros de aumento do endividamento previstos na proposta de Lei do OE para 2011 e temos que, em 2011, o Estado terá que financiar mais de 40 mil milhões de euros num contexto que se antevê particularmente adverso.
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