segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ler os outros: Daniel Oliveira

"Paulo Portas não disse, no domingo da semana passada, que (...) só aceitaria mais este imposto sobre os reformados se não houvesse mais nenhuma alternativa. Disse: «Num País onde parte da pobreza está nos mais velhos, numa sociedade em que inúmeros avós têm de tratar dos filhos que estão no desemprego e cuidar dos netos, num sistema social que tem de respeitar regras de confiança o primeiro ministro sabe e creio ter compreendido que esta é a fronteira que não posso deixar passar. Porque não quero que em Portugal se verifique uma espécie de cisma grisalho.»

Deixou passar. Se não houver alternativas, mas deixou. Continuando a dar ao país a ideia de que se está a bater contra ela, mas deixou. Esperando ser salvo na 25ª hora, mas deixou. (...)"

(crónica publicada no Expresso online)

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