"(...) Em 2013 chegámos ao ponto de ninguém receber o mesmo vencimento dois meses seguidos. Com exceção de alguns futebolistas - que conseguem negociar salários «limpos» - não há um português que trabalhe, seja pensionista ou tenha algum subsídio que saiba quanto vai receber no mês seguinte.
Esta incerteza é o contrário do que se espera do Estado, sobretudo em momentos de incerteza. E o problema é que está a alastrar. Ontem, (...) o primeiro-ministro garantiu que não há qualquer folga nas medidas para reformar o estado. Acontece que há 15 dias o mesmo primeiro-ministro anunciou as medidas dizendo expressamente que estas tinham uma folga.
Também ontem, Passos Coelho disse que não está a ser pensado nenhum corte de 10 por cento nas pensões. Acontece que foi exatamente isso que anunciou o secretário de Estado Hélder Rosalino na SIC Notícias. E acontece que as contas do Governo, divulgadas publicamente, contam exatamente com um corte dessa dimensão! (...)"
(crónica publicada hoje no Expresso)
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