sexta-feira, 3 de maio de 2013

Previsões macroeconómicas da Comissão Europeia - Primavera de 2013

As previsões de Primavera da Comissão Europeia hoje divulgadas apontam para um decréscimo do PIB da zona euro, em 2013, de 0,4% na zona euro e de 0,1% para o conjunto da União Europeia (UE), o qual resulta da redução do consumo privado e do investimento que contratsta com o contributo positivo das exportações líquidas (+0,8 pp na zona euro e +0,6 pp na UE), sendo de salientar que se continuam a verificar no seio da zona euro elevados diferenciais entre as taxas de crescimento dos países do centro e norte da Europa (Eslováquia: +1,0%; Luxemburgo: +0,8%, Austria: +0,6% Alemanha: +0,4%, Finlândia: +0,3%) e os países do sul da Europa, em particular aqueles sob programas de ajustamento (Chipre: -8,7%; Grécia: -4,2%; Portugal: -2,3%; Espanha: -1,5%; Itália: - 1,3%), sendo de assinalar a previsão de um crescimento de 1,1% para a Irlanda e o facto de que a República Checa (-0,4%) ser o único país da União Europeia fora da zoan euro para o qual a Comissão prevê uma queda do PIB em 2013.

No que se refere ao desemprego, a Comissão prevê que a taxa de desemprego atinja os 12,2% na zona euro (11,1% no conjunto da União Europeia), situando-se nos 27,0% na Grécia e na Espanha.

No que respeita a Portugal a previsão de uma queda de 2,3% do produto reflete o contributo de -4,2 pontos percentuais da procura interna, o qual é parcialmente compensado pelo contributo positivo das exportações líquidas (+1,9 pp) que reflete sobretudo uma queda projetada para as importações de -3,9% (as projeções da Comissão apontam para um crescimento das exportações de somente 0,9%), prevendo-se que a taxa de desemprego (média anual) se situe nos 18,2%.

É de salientar que a Comissão é relativamente otimista quanto à evolução do PIB português no decorrer do corrente ano, projetando que o PIB continue a cair (face ao trimestre anterior) nos segundos e terceiros trimestres deste ano, mas possa registar um crescimento marginal (+0,1%) já no último trimestre, ressalvando no entanto, que os riscos são claramente no sentido negativo.

Sem comentários: