O Secretário de Estado do Tesouro dos EUA anunciou hoje aquilo que parece ser uma profunda revisão das prioridades para utilização dos 700 mil milhões de dólares autorizados pelo Congresso. De acordo com as declarações as prioridades são: - o reforço dos capitais próprios das instituições financeiras; - o apoio ao crédito ao consumo concedido por instituições não bancárias; e - reduzir a execução de hipotecas. A prioritização dos fundos para o reforço dos capitais próprios e para o apoio às situações de dificuldade de pagar créditos hipotecários parecem-me constituir medidas correctas na medida em que julgo que terão um impacto superior (e serão relativamente mais simples de aplicar - uma das questões que sempre me suscitou dúvidas foi a implementação dos leilões em que o Tesouro iria adquirir os ditos "activos tóxicos"). Enquanto que o apoio ao crédito ao consumo parece ser uma resposta ao agravamento das dificuldades de (re)financiamento das entidades emitentes de cartões (já tinham surgido notícias a indicar que a American Express teria pedido auxílio).
Entretanto parece cada vez mais provável a aprovação de apoios ao sector automóvel (a grande questão parece ser se os novos apoios serão - ou não - retirados dos 700 mil milhões já aprovados pelo Congresso), bem como de um estímulo fiscal que Paul Krugman defende que ascenda a cerca de 4% do PIB (ou seja cerca de 600 mil milhões de dólares)
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