Os resultados do inquérito aos bancos da zona euro revela um aperto considerável das condições de crédito, justificada por uma deterioração do capital e da liquidez dos bancos, bem como por um maior pessimismo relativamente à evolução da actividade económica. Mas revelam mais: uma redução substancial da procura de crédito quer por parte das empresas, sobretudo associado às despesas de investimento e operações de aquisição e reestruturação, quer dos particulares, sobretudo para a aquisição de habitação. Cerca de 60% dos bancos responderam que a crise financeira teve um impacto nos seus capitais próprios e 50% que esse impacto teve um impacto no crédito concedido.
O mesmo inquérito para Portugal revela que os bancos adoptaram uma atitude mais restritiva na concessão de crédito às empresas e particulares devido quer a restrições de balanço quer ao aumento da percepção dos riscos de crédito e aponta para uma redução considerável da procura de crédito à habitação. Além disso, uma parte considerável dos bancos inquiridos relatou dificuldades em aceder às fontes tradicionais de financiamento, sobretudo a médio-longo prazo e antecipa que essas dificuldades se mantenham ou acentuem nos próximos três meses e consideram que isso teve/terá impacto no montante e condições de crédito concedido.
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