Os dados do Banco de Portugal revelam que Portugal registou superavites da balança corrente nos meses de julho e agosto, dado tanto mais relevante quanto desde julho de 2003 que tal não sucedia.
Nos últimos 12 meses até agosto passado, o défice da balança corrente ascendeu a cerca de 4,4 mil milhões de euros (correspondente a cerca de 2,6% do PIB) o que corresponde ao valor mais baixo, em termos absolutos, desde fevereiro de 1997.
Um comportamento que reflete sobretudo as melhorias verificadas na balança de bens e serviços que, impulsionada pelo comportamento das exportações - que nos últimos quatro trimestres corresponderam a 37,3% do PIB - regista um défice acumulado nos últimos 12 meses de apenas 645 milhões de euros.
Não obstante esta melhoria muito significativa da balança corrente, os seus efeitos sobre os níveis de endividamento externo são, como é natural, demorados e a verdade é que a posição líquida de investimento internacional do nosso país mantém-se em níveis muito elevados (-108,6% do PIB no final do 2.º trimestre) e próximos do máximo histórico (-110,6% no final de 2009).
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