As estatísticas do comércio internacional relativas ao período até setembro parecem confirmar a tendência para um significativo abrandamento das exportações que já era apontada por outros indicadores, nomeadamente a evolução das vendas e das encomendas para o mercado externo e a evolução dos saldos de opiniões na industria relativamente à evolução das encomendas externas. Este abrandamento que contudo terá sido agravado por fatores conjunturais específicos como a greve dos portos, pelo que estes números tenderão a exagerar o efeito da deterioração das condições económicas nos mercados de exportação.
Com efeito, de acordo com os dados hoje divulgados pelo INE, em setembro as saídas globais recuaram 6,5% face ao mês de setembro de 2011. Para esta descida contribuiu quer uma redução de 8,3% das transmissões intracomunitárias quer uma redução de 1,5% das exportações. Não obstante este resultado mensal, no conjunto do terceiro trimeste ter-se-á verificado um aumento das exportações e transmissões intracomunitárias face ao terceiro trimestre de 2011 de cerca de 4,5% (no segundo trimestre a taxa de crescimento homologa terá sido de 7,2%).
Ainda em termos mensais, analisando a evolução das exportações por países destacam-se as quebras acentuadas nas taxas de variação homologa das exportações com destino à Espanha (-8,2% face a -2,0% no mês anterior), Alemanha (-13,5% face a -5,7% no mês anterior), França (-8,2% face a +7,7% no mês anteriro) e Reino Unido (-12,0% face a um aumento de 13,1% no mês anterior), enquanto que no caso de Itália se verificou um crescimento de 9,2% (47,0% no mês anterior). Já a queda das saídas extracomunitárias ficou a dever-se a uma redução das exportações para Àfrica (-2,9%) e América (-7,6%), enqaunto que as exportações para a Àsia registaram um crescimento de 16,1%.
Por seu lado, as entradas registaram um decréscimo de 8,4% no mês de setembro face ao mês homologo face ao mês (em agosto verificou-se um crescimento de 2,9%) e de 4,2% no terceiro trimestre de 2012 face ao mesmo trimestre de 2011 (no segundo trimestre a taxa de variação homologa foi de 4,2%. Pelo que, no conjunto do trimestre, se verificou uma redução do défice comercial face ao ano anterior de 1076,8 milhões de euros e um aumento da taxa de cobertura de 73,7% para 80,4%.
Note-se, ainda, que excluindo o efeito das entradas e saídas de combustíveis e lubrificantes as exportações e transmissões intracomunitárias registam taxas de variação homologas mensais e trimestrais de -5,9% (+9,0% no mês anterior) e de 2,7% (5,6% no trimestre anterior), respetivamente, enquanto que as importações e aquisições intracomunitárias apresnetam variações mensais e trimestrais de -12,2% (-3,6% no mês anterior) e de -7,8% (-9,8% no trimestre anterior).
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