As contas são bastante simples de fazer. De acordo com as previsões do programa de ajustamento, excluindo medidas extraordinárias e medidas, o défice das administrações públicas que em 2012 se siutuará próximo dos 6,3% do PIB (que corresponde a cerca de 10,5 mil milhões de euros) devevrá reduzir-se para 4,5% do PIB em 2013 (cerca de 7,5 mil milhões de euros), o que significa que para atingir o objetivo de um défice de 2,5% do PIB em 2014 (4,3 mil milhões de euros) será necessária uma redução adicional do défice de 3,2 mil milhões de euros. Um vez que de acordo com as previsões os encargos com juros deverão aumentar de 4,7% do PIB em 2013 (7,8 mil milhões de euros) para 5,0% do PIB em 2014 (8,5 mil milhões de euros), tal significa que, mantendo-se as receitas nominais mais ou menos constantes, para alcançar o objetivo do défice em 2014 é necessária uma redução da despesa primária (isto é, antes de juros) de, pelo menos, 3,9 mil milhões de euros. A grande questão é onde e como "distribuir os sacrificios".
Refira-se ainda que o cenário do programa de ajustamento (ver página 44) prevê que o objetivo do défice para 2012 seja atingido através de um aumento da receita de cerca de 1,1 mil milhões de euros (+1,4%) e de uma redução da despesa primária de cerca de 2,5 mil milhões de euros dos quais 310 milhões de euros (-2,5%) em despesas com pessoal, 340 milhões de euros (-6,0%) em consumos intermédios, 340 milhões de euros em prestações sociais (-0,9%), 300 milhões de euros em subsídios (-19,6%), 770 milhões de euros em outras despesas correntes (-19,1%) e 410 milhões em despesas de capital (-9,1%).
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