Compreendo, respeito e até partilho parcialmente o sentimento de alguma deceção com o Estado em que o país se encontra e a inépcia por vezes demonstrada por este governo na procura das melhores soluções.
E acredito que - apesar da dificil situação em que o país se encontrava em maio de 2011 - era possível e desejável seguir políticas que mesmo não alterando significativamente os dados macroeconómicos no curto prazo, poderiam ter permitido uma diferente repartição dos sacrifícios e, sobretudo, criar bases mais sólidas para o aumtno da taxa de crescimento potencial.
Mas, do mesmo modo que critico algumas das opções deste governo, também não me identifico com o discurso de Pacheco Pereira, o qual constituindo uma excelente peça de retórica quanto a mim peca por excessivamente demagógico e simplista.
A defesa da constrituição, da democracia e do estado social não se alcança com apelos a uma demissão do Presidente e do Governo que conduziria o país a uma situação de caos institucional e que, por muito que os tempos pareçam hoje dificis, apenas agravaria a situação financeira, económica e social do país.
A situação do país não se compadece com discursos retóricos, nem se resolve com radicalismos, exige isso sim uma atitude responsável, ponderada e racional na busca de compromissos relativamente aos pontos essenciais.
As principais ameaçãs que hoje se colocam à democracia e ao estado social são a insustentabilidade financeira do Estado, a incapacidade de atrair investimento e criar emprego.
A melhor forma de acabar com o Estado Social, é levá-lo à falência.
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