De acordo com o jornal Público, o IGCP terá afirmado que "assumindo um cenário muito extremo de subida dos custos de financiamento do Estado, com quatro por cento para rolar todo o programa de Bilhetes do Tesouro e sete por cento para o conjunto das emissões de Obrigações do Tesouro deste ano, o país manteria custos implícitos de financiamento abaixo de cinco por cento em 2013".
Uma vez que a taxas média de colocação da última emissão de BT's a um ano foi de 4,03% e os yields das OT's a 10 anos no mercado secundário tem rondado os 7%, mesmo considerando que para as OT's a 5 anos o yield é actualmente próximo dos 6,3% e nas OT's a 2 anos se situa próximo dos 4,3%, isto significa que a manterem-se os actuais níveis de taxa de juro o custo médio da dívida se situaria abaixo dos 5% o que corresponderá a um valor abaixo daquele que seria o custo de financiamento junto do FEEF.
De acordo com os dados constantes da apresentração do IGCP em 2010 esse custo terá sido de 3,5% pelo que a manterem-se sensivelmente as actuais condições de financiamento, teriamos até 2013 um aumento correspondente a cerca de 1,5 pp da taxa de juro e os encargos com juros aumentariam cerca de 40%.
De acordo com o INE no final de Setembro a divída pública (consolidada) representava cerca de 142,3 mil milhões de euros no final do ano e os encargos com juros ascenderiam a cerca de 5,4 mil milhões de euros correspondentes a cerca de 3,2% do PIB. Pelo que um aumento de 40% dos encargos com juros implicaria, admitindo que o rácio da dívida face ao PIB se mantinha constante em 2012, que em 2013 os mesmos ascendessem a cerca de 4,5% do PIB, ou seja uma subida de 1,3 pontos percentuais.
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