Os termos e condições que Portugal terá eventualmente oferecido para assegurar a colocação da dívida pública, junto de alguns países amigos quer no leilão do passado dia 12 de Janeiro quer numa operação de colocação directa de 1,1 mil milhões de euros (ver aqui, aqui e aqui) foi objecto de justificada chamada de atenção por parte de Daniel Bessa relativamente às eventuais contrapartidas políticas que possam ter sido prometidas, posição já secundada por Vitor Bento no blog da Sedes.
Com efeito como se referiu no Alphaville não é claro "what countries with relatively small stocks of debt, but incredibly poor sustainability of that debt (such as Portugal!) have to gain from MTNs. Or, more to the point — what investors get out of the notes, either". E, também não é clara a leitura destas operações pois como também se refere no mesmo post "private placing signals something about a country’s assessment of its own standing in the market, for all the stability that a placement offers. On the other, it shows resourcefulness on the part of Portuguese debt managers".
1 comentário:
Entendo que haja a preocupação quanto à relativa opacidade do processo de colocação de dívida. Também entendo a preocupação quanto a contrapartidas políticas ou outras.
No entanto, a colocação de dívida, por um emissor soberano ou por uma empresa, é um processo confidencial. Se todos os pormenores fossem conhecidos isso poderia levar a uma perda de competitividade face a outros emissores.
Claro que a necessidade de oferecer eventuais contrapartidas revela a que ponto a situação de Portugal nos mercados é, neste momento, precária.
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