Na sua actualização das projecções macroeconómicas para 2011 e 2012, o FMI traça um cenário bastante positivo antecipando a continuação da retoma e apontando para que o crescimento do PIB mundial se situe nos 4,4% em 2011 e 4,5% em 2012 (valores que descem para 3,5% e 3,6%, respectivamente, quando avaliado a taxa de câmbio de mercado).
Com o crescimento a manter-se bastante em níveis francamente elevados na China (9,6% em 2011 e 9,5% em 2012) e na Índia (8,4% em 2011 e 8,0% em 2012), enquanto na América Latina deverá abrandar um pouco mas ainda assim para uns significativos 4,3% em 2011 e 4,1% em 2012. Já nas economias mais desenvolvidas as taxas de crescimento são mais modestas (2,5% em 2001 e 2012) existindo importantes diferenças regionais com o crescimento nos EUA (3,0% em 2011 e 2,7% em 2012) a corresponder a quase o dobro do previsto para uma zona euro (1,5% em 2011 e 1,7% em 2012) e no Japão (1,6% em 2011 e 1,8% em 2012).
Também quando à inflação o cenário é positivo, apontando para níveis de inflação moderados nas economias mais desenvolvidos (1,6% em 2011 e 2012) e em descida nas economias emergentes (6,0% em 2011 e 4,8% em 2012).
O FMI aponta, no entanto, alguns riscos relacionados sobretudo com um possível contágio da crise da dívida soberana que tem afectado os países da periferia da zona euro, a ausência de consolidação fiscal a médio prazo nos EUA e Japão e a eventualidade de um aumento das pressões inflaccionistas nas economias menos desenvolvidas. Neste contexto, o FMI considera que a política monetária deverá permanecer expansionista nas economias mais desenvolvidas mas começar a tornar-se mais restritiva nas economias emergentes, manifestando ainda alguma preocupação com o ressurgimento dos fluxos de capitais para alguns países e recomendando que esses países deixem as suas moedas apreciarem-se para combater um eventual sobreaquecimento das economias e contribuir para o rebalanceamento da procura global.
Adicionalmente a actualização do relatório sobre a estabilidade financeira refere que, apesar das melhorias verificadas, os elevados níveis de endividamento no sector privado continuam a colocar riscos importantes quer para a recuperação económica quer para a estabilidade do sistema financeiro.
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