A cimeira de amanhã constitui um teste de fogo para os líderes europeus de quem se espera que sejam capazes de responder positivamente a vários desafios, demonstrando que a Europea não só tem vontade política como dispões dos instrumentos adequados para debelar a actual situação.
Em primeiro lugar, e decisivamente, será imprescindível a obtenção de um acordo relativamente a um pacote de assistência financeira adicional à Grécia. Em segundo lugar, deverão ser tomadas medidas que contenham o efeito contágio da crise da dívida soberana a outros países da zona euro (e.g., Espanha e Itália) cujas taxas de juros da dívida pública estão a atingir níveis insustentáveis. E, em terceiro lugar, será necessário evitar uma crise no sistema bancário europeu que paralise os mercados financeiros.
O aspecto mais controverso parece ser o do "envolvimento" dos investidores privados em que a Alemanha, conjuntamente com outros países, tem vindo a insistir. Ora, se, por um lado, esse envolvimento dos privados facilitaria a obtenção de um acordo a verdade é que, por outro lado, esse envolvimento agrava as dificuldades associadas aos outros dois objectivos na medida em que uma medida nesse sentido poderá ter um impacto significativo no capital do sistema bancário e mesmo que seja possível - o que parece dificil - evitar uma declaração formal de situação de incumprimento da Grécia contribuirá para uma menor confiança dos investidores na dívida dos outros países da zona euro.
Independentemente da solução que vier a ser adoptada será, ainda, extremamente importante que se previsse o reforço dos meios à disposição do FEEF para, em caso de necessidade, disponibilizar os milhões de milhões de euros de fundos para um reforço dos programas de assistência à Irlanda e Portugal e para um eventual programa de apoio à Espanha e Itália.
Finalmente, quanto ao sistema bancário a solução deveria passar por , seja por via de um sistema comunitário seja - como parece mais provável - por via de um sistema nacional apoiado por fundos comunitários, dar garantias de que estarão disponíveis os fundos para uma (eventual) recapitalização do sistema bancário.
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