Hoje tivemos mais uma sessão marcada pela volatilidade com o S&P500 a transaccionar entre um mínimo de 839,8 e um máximo de 936,36 pontos ou seja num intervalo de quase 100 pontos e mais de 10% o que é verdadeiramente impressionante. Apesar de ter contido as perdas fechando com uma queda de "apenas" 1,2% convém não esquecer que esta foi a 8.ª sessão consecutiva de queda e que este mês o S&P500 caiu quase 23% e está 42,5% abaixo do máximo histórico (cotação de fecho) registado em 9-Out-2007 ou seja há um ano.
Entretanto os mercados monetário e de crédito permaneceram bloqueados (a Euribor desceu mas apenas marginalmente, a Libor do dólar subiu) e assistiu-se a um agravamento substancial da situação nos mercados emergentes: Ásia, América Latina e Europa de Leste com um claro aumento da turbulência nos mercados cambiais.
Uma situação a seguir com atenção é o comportamento das obrigações do tesouro americano. Apesar da quebra da bolsa, do aumento dos riscos de recessão e da redução dos riscos de inflação os yields das obrigações a 10 anos aumentaram pela 4.º dia consecutivo, o que pode resultar 1) da crise de liquidez estar a forçar liquidações dos portfolios de obrigações e/ou 2) dos mercados estarem já a antecipar o impacto das intervenções públicas para resgatar os bancos sobre o stock de dívida pública.
Entretanto, as notícias do G-7 e dos EUA indiciam que os políticos estão com sérias dificuldades em definir iniciativas que reanimem o mercado de crédito e não querendo ser pessimista a minha sensação é que a de que hoje a evolução só não foi mais negativa porque o mercado está na expectativa de que surjam essas medidas.
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