Sabemos que as coisas estão más quando uma quebra de 15,6% nas vendas é considerado um bom resultado (http://www.cnbc.com/id/26978669/for/cnbc/) e uma empresa com uma capitalização de 245 mil milhões de dólares e rating AAA anuncia "plans to raise $15 billion through stock sales to improve liquidity". As vendas de automóveis são um indicador dos efeitos devastadores que a restrição do crédito pode ter na economia e os planos da GE das dificuldades tremendas que as empresas estão (irão) sentir para refinanciar os seus passivos e continuar a investir. Sinais claros de que a crise já está (e irá) afectar a dita "economia real", a questão que se coloca é se o plano que vier a ser aprovado (continuo convencido que acabará por ser) é suficiente.
Sobre isso tem sido interessante acompanhar o que vai sendo dito por Krugman (http://krugman.blogs.nytimes.com/) e outros que consideram que o verdadeiro problema não é de liquidez mas sim de solvência. E, com efeito, tudo indica que os problemas de liquidez são um sintoma das dúvidas fundadas quanto à solvência das instituições e portanto qualquer solução terá que passar por uma recapitalização dos bancos o que implica que para funcionar o plano tem de implicar a compra de activos acima do seu "valor de mercado" (que pode, ou não, estar exageradamente baixo) por uma margem suficientemente elevada, o que não é certo que o plano permita fazer e é, em grande medida, contraditório com o marketing do plano feito pela administração americana.
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