O Hypo Bank anunciou que o plano de salvamento, em que o BCE e Bundesbank iriam "contribuir" com 20 mil milhões de euros e um grupo de bancos com 15 mil milhões, falhou porque os bancos participantes decidiram retirar o seu apoio. A dimensão das necessidades de liquidez (?) que poderão ascender a 100 mil milhões de euros (!!!) até ao final de 2009 é impressionante (http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601087&sid=aTzH1395FM8s).
Entretanto, a declaração de Gordon Brown de "a mensagem principal que deve sair desta reunião (cimeira do G4 europeia) é a de que nenhum banco viável e sólido, deve falir com base numa falta de liquidez" não se me afigura nada tranquilizadora pois é cada vez mais óbvio que estamos perante um problema de solvência do sistema financeiro internacional de que a liquidez é sobretudo um sintoma (http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1344928).
Igualmente reveladora é a afirmação de Gordon Brown de que “Cada um de nós deverá definir nesta reunião o que se pode fazer para garantir a segurança das empresas dos nossos países" e de Merkel de que "os Estados europeus devem assumir as suas responsabilidades", que aponta para um intervenção Estado a Estado e não europeia. Ou seja tudo indicia que a Europa vai prosseguir com o "modelo Fortis" ou seja trabalhar em conjunto para encontrar uma solução mas cada país vai ter que assumir os custos relativos à intervenção nas suas instituições nacionais. Politicamente, compreende-se que assim seja pois seria certamente dificl convencer os cidadãos-eleitores de outros Estados-Membros a partilhar os custos de uma intervenção nos bancos de outros Estados, mas pode levar a dificuldades e ser fonte de tensões de que a decisão irlandesa de garantir todos os depósitos dos seus bancos, o que obviamente é um incentivo à deslocalização de depósitos (designadamente de grandes instituições como fundos de pensões) de outros bancos para os bancos irlandeses, poderá ter sido um primeiro exemplo.
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