domingo, 12 de outubro de 2008

Salvar os nossos empregos e poupanças

É o título de uma pequena publicação (40 páginas) disponível on-line (http://www.voxeu.org/reports/crisis/crisis.pdf) que reune comentários de vários economistas sobre o que deve ser feito. Parece existir um grande consenso em torno de duas grandes ideias:
- recapitalizar os bancos (a maiorira parece preferir que isso seja feito através de acções preferenciais);
- garantir os empréstimos interbancários.

PS: Relativamente à forma de concretizar as garantias do mercados interbancários a maioria - e é essa também a minha posição - parece entender que os países deveriam garantir os empréstimos interbancários contratados pelos seus bancos nacionais (ou seja, garantir os passivos dos seus bancos) o que reduziria o risco dos bancos que lhes emprestassem dinheiro. No entanto, Daniel Gros defende no Vox que seria preferível que cada Estado garantisse os empréstimos interbancários concedidos pelos seus banco (ou seja os activos). Em teoria acho que ambas as soluções poderiam funcionar mas continuo a preferir a garantia dos passivos que na prática corresponde a obrigar os governos utilizando uma expressão inglesa "put their money where they mouth is". Os sistemas de supervisão são nacionais e temos ouvido os vários governos a assegurar que os seus bancos não estão em situação de insolvência o que se for verdade implicaria que a garantia desses passivos não teria custos para os orçamentos nacionais (na prática até poderia ter um efeito positivo na medida em que cobrem algo por essa garantia). Enquanto que garantir os activos apresenta riscos muito mais elevados para os orçamentos pois significa exporem-se ao risco de insolvência dos bancos de outros países. O principal argumento a favor de garantir os activos poderá ser o de que não resolve os problemas dos bancos dos países que não estejam em condições de dar essa garantia (ou em que ela não seja credível). Se isso suceder acho que a solução seria algum mecanismo de auxílio internacional a esses Estados (por exemplo, a criação de linhas de crédito).

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