De acordo com as estimativas rápidas hoje divulgadas pelo Eurostat, no 4.º trimestre de 2010 o crescimento do PIB face ao trimestre anterior foi de 0,3% na zona euro (EA16) e de 0,2% para o conjunto da União Europeia.
Comparando com o mesmo trimestre de 2009, a taxa de crescimento situa-se nos 2,0% para a zona euro e nos 2,1% para o conjunto da União Europeia, sobressaindo os fortes crescimentos registados nos países bálticos (Estónia: 6,6%, Lituânia: 4,4% e Letónia 3,7% - onde recorde-se se registaram fortes quedas em 2008 e 2009), Finlândia (5,8%) e na Alemanha (4,0%). Enquanto, por outro lado, ressaltam as quebras do PIB verificadas na Grécia (-6,6%) e Roménia (-0,5%) e o fraco crescimento da economia espanhola (+0,6%).
Refira-se que dos 19 países da União Europeia para os quais existem dados, além de Portugal (-0,3%)apenas outros dois países (Grécia: -1,4%, país onde o PIB caiu em todos os trimestres de 2009, e Reino Unido: - 0,5%) registaram uma queda do PIB neste trimestre. E que, quando comparamos com o PIB no quarto trimestre de 2009, apenas três países (Grécia, Roménia e Espanha) apresentam taxas de crescimento inferiores à verificada em Portugal. Sendo que além destes apenas França (1,5%) e Itália (1,3%) apresentam crescimentos inferiores a 2%.
Mesmo descontando o facto de Portugal ter sido dos países europeus onde o PIB menos caiu em 2009 e, portanto, haver aqui um efeito de base, estes números não parecem ser de molde a inspirar grande confiança na capacidade de crescimento da economia portuguesa. O que conjuntamente com a indefinição relativamente às medidas de reforço e flexibilização do fundo europeu estará a contribuir para a subida das taxas de juro da dívida portuguesa, com as yields das OT's a 10 anos e das OT's a 5 anos a aproximarem-se dos 7,5% e dos 7%, respectivamente,"encostando-se" aos valores a que o BCE terá intervido no passado dia 10 de Fevereiro.
1 comentário:
Boas informações tem o seu blog.
Saudações brasileiras.
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