If you have a classical view of the world, you would argue that nominal shocks should affect the nominal, not the real exchange rate: the real exchange rate is a real phenomenon, and money is a veil. Specifically, you’d expect any nominal shock to move the price level by the same amount that they move the exchange rate. In reality, however, what we normally see is that nominal and real exchange rates are very closely correlated.
Poder-se-à pensar - e é essa a filosofia subjacente às posições da Comissão Europeia, BCE e da Alemanha (ver aqui) - que a solução será alterar a taxa de câmbio real via ajustamento (ou seja descida) dos preços e salários. Embora, infelizmente, talvez seja essa a única alternativa disponível face às consequências potencialmente catastróficas de uma saída do euro e à impossibilidade política de uma política orçamental federal a nível da União Europeia, o que aqueles elementos indicam é que sendo os preços (e salários) muito rígidos e tudo indicando que, em boa parte, essa rigidez é inerente ao funcionamento da economia (e não resulta de meros factores institucionais) esse ajustamento implica sacrificios muito significativos (nomeadamente em termos de desemprego e queda do produto) que, além das eventuais repercussões políticas, tenderão a gerar dificuldades acrescidas para o sistema financeiro.
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