Num comunicado conjunto do BCE, Comissão Europeia e FMI sobre a Grécia, estas instituições consideram que apesar de progressos significativos no processo de consolidação orçamental são necessárias medidas adicionais que incluem nomeadamente uma redução significativa do emprego no sector público, reestruturação ou eliminação de entidades públicas, redução das isenções fiscais, aumento dos impostos sobre os imóveis, reforço dos esfroços para combater a evasão fiscal e aceleração do processo de privatizações com o objectivo de obter 50 mil milhões de euros até ao final de 2015.
Este comunicado surge num contexto em que terá sido obtido um acordo para um reforço do programa de assistência que se tornou inevitável face aos desvios em relação aos objectivos e perante a evidência de que seria impossível à Grécia "regressar ao mercado" em 2012.
Segundo o que tem vindo a ser noticiado os investidores privados serão incentivados a colaborar de forma voluntária no programa em moldes que contudo não foram ainda divulgados, mas que segundo o que tem sido aventado poderá consistir, à semelhança do que ocorreu em 2009 no quadro da chamada iniciativa de Viena, em estes aceitarem em refinanciar os créditos que detenham sobre o Estado grego.
Este acordo que evita uma reestruturação imediata da dívida pública grega permitirá, pelo menos, ganhar tempo que poderá ser utilizado pelos bancos europeus credores para reforçarem os seus capitais e aos restantes países da zona euro, em especial os mais vulneráveis (v.g., Irlanda, Portugal e Espanha) consolidarem as respectivas situações orçamentais de forma a minimizarem os riscos de contágio.
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